Crédito: Possessed Photography / Unsplash
Equipa de investigação do Japão alcançou um recorde de transmissão de dados, conseguindo velocidades de 1,02 petabits por segundo e, mais impressionante ainda, usando cabos de fibra ótica compatíveis com a infraestrutura atual
Uma equipa do NICT (National Institute of Information and Communications Technology) do Japão anuncia ter utilizado várias tecnologias emergentes para conseguir bater o recorde de transmissão de dados. Os investigadores conseguiram atingir 1,02 petabits por segundo, 100 mil vezes mais do que o acesso doméstico mais rápido disponível na atualidade. Para dar mais alguma perspetiva, a NASA vai conseguir apenas 400 Gb/s com a ligação ESnet6 que está prevista entrar em funcionamento em 2023 e um petabit equivale a um milhão de gigabits.
Estas velocidades permitem, em teoria, transmitir dez milhões de canais de vídeo com resolução 8K por segundo, explica o New Atlas.
A equipa instalou quatro núcleos dentro do cabo de fibra ótica, em vez do habitual núcleo único. A largura de banda foi alargada para os 20 THz com recurso a uma tecnologia conhecida por WDM (de wavelenght division multiplexing). Depois, com recurso a alguma amplificação ótica e tecnologia de modulação do sinal, foi possível chegar aos 1,02 Pb/s, enviando dados ao longo de 51,7 quilómetros.
A barreira do 1 Pb/s já tinha sido ultrapassada por esta mesma equipa, mas nessa iniciativa em 2020 os dados estavam codificados em 15 modos e era requerida alguma complexidade tecnológica. O avanço agora não só permite transmissão mais rápida, como o faz com recurso a tecnologia que já está em uso atualmente e de forma compatível com a infraestrutura e processos de manufatura atuais.
Exame Informática | Recorde: Japoneses transmitem dados a 1 petabit por segundo (sapo.pt)
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