Avançar para o conteúdo principal

Plano do governo é privatizar a TAP em 12 meses


O primeiro-ministro, António Costa, durante o debate parlamentar na Assembleia da República © LUSA


 Lufthansa, Air France/KLM e IAG já se posicionaram na corrida à compra da companhia aérea portuguesa.


Salomé Pinto


O governo acredita que será possível privatizar a TAP no prazo de 12 meses, revelou esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa, durante o debate na Assembleia da República sobre política geral.


Em resposta ao deputado do Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, que questionou se a venda da companhia aérea se concretizará dentro de um ano, Costa afirmou: "Espero que sim, é isso que está planeado.


Questionado sobre se a TAP poderá ser vendida por 3,2 mil milhões de euros, valor global que o Estado injetou na companhia, o primeiro-ministro Costa disse não estar em condições de responder e que mesmo se estivesse não o faria durante o debate no Parlamento.


Este ano, a TAP ainda vai receber do Estado 990 milhões de euros, ou seja a última fatia dos 3,2 mil milhões de euros de apoios públicos, no âmbito do processo de reestruturação aprovado por Bruxelas. Significa que no próximo ano já não haverá ajudas à companhia, daí o interesse e a pressa do governo em libertar-se deste encargo.


Os gigantes Lufthansa, Air France/KLM e IAG já se posicionaram na corrida à compra da companhia aérea. As candidatas são entre sete e cinco vezes maiores do que a TAP. A CEO da companhia, Christine Ourmières-Widener, reconheceu ainda este mês que "fazer parte de um grande grupo seria uma fonte de resiliência para o futuro".


Plano do governo é privatizar a TAP em 12 meses (dinheirovivo.pt)

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...