Avançar para o conteúdo principal

Centro de dados no Japão também está a criar enguias


ullstein bild


Instalação da White Data Center (WDC) no Japão transformou os tanques de água usada no arrefecimento do centro de dados num viveiro de enguias. Os animais criados vão ser vendidos e há um enorme potencial de receita

Aempresa japonesa White Data Center (WDC) é prolífica em experimentar e aplicar ideias pouco usuais no segmento. Um dos projetos que avançou foi a utilização de neve como fonte de matéria para arrefecimento dos centros de dados, numa tentativa de reduzir custos e a pegada ecológica. Agora, a empresa aventurou-se na criação de enguias precisamente nesses tanques que estão cheios de neve derretida em água.


As mais de 1700 enguias jovens que foram trazidas inicialmente foram colocadas em tanques de água que, depois de arrefecer os sistemas, atinge os 33 graus centígrados, temperatura considerada ideal para a criação destes animais. Depois de terem sido experimentadas criações de várias outras espécies de animais e de plantas, as enguias acabaram por ‘vencer’ e a população cresceu para cerca de 6000 indivíduos. A WDC quer vendê-las quando atingirem as 250 gramas de peso e espera chegar às 300 mil unidades vendidas até ao fim de 2023. Os preços deste ‘ouro branco’, como são conhecidas as enguias japonesas, passa os 26 mil euros por quilo, lembra o Tom’s Hardware, pelo que o potencial de receita deste negócio paralelo é considerável.


Considerando ainda que as enguias são capazes de produzir choques elétricos, é fácil também imaginar um outro projeto paralelo no qual a WDC experimente colocar baterias para recolher essa energia e conseguir assim uma fonte alternativa para alimentação elétrica das suas instalações.


Este não é o primeiro caso de uma empresa tecnológica a enveredar por negócios que nada têm a ver com tecnologia: a Huawei, por exemplo, virou recentemente os algoritmos de Inteligência Artificial para a criação de porcos, embora não estivesse ativamente a criá-los nos seus edifícios.


Exame Informática | Centro de dados no Japão também está a criar enguias (sapo.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Bruxelas obriga governo a acabar com os descontos no ISP

 Comissão Europeia recomendou o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos O ministro das Finanças garantiu que o Governo está a trabalhar numa solução para o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), recomendado pela Comissão Europeia, que não encareça os preços dos combustíveis. “Procuraremos momentos de redução dos preços, para poder reverter estes descontos”, afirmou o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que apresentou esta quinta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2026, em Lisboa. O governante apontou que esta questão é colocada pela Comissão Europeia desde 2023, tendo sido “o único reparo” que a instituição fez na avaliação do Programa Orçamental de Médio Prazo, em outubro do ano passado, e numa nova carta recebida em junho, a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP. O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, tinha já admitido "ajusta...