GNR e PSP serão os únicos a não perder poder de compra, com aumentos de 9% até 13% que compara com 2% dos restantes funcionários do Estado
Em 2023 o governo vai acelerar a perda de rendimento dos funcionários públicos com aumentos de apenas 2% com um mínimo de cerca de 50 Euros.
A excepção vai para as forças de segurança (PSP e GNR) que irão ver o seu rendimento aumentado em cerca de 100 Euros o que representa um aumento de 9% a 13% dependendo do escalão.
NM:
Aumentos dos agentes da PSP e guardas da GNR vão rondar os 100 euros
Caso se mantenham as estimativas de inflação para o próximo ano, estes profissionais das forças de segurança vão beneficiar de uma real variação positiva de poder de compra
Em 2023, os aumentos nos vencimentos dos agentes da PSP e guardas da GNR vão variar entre os 90 e os 107 euros, de acordo com as respetivas posições remuneratórias. De acordo com o Jornal de Notícias (JN), em vários casos, esta será mesmo uma subida de dois níveis remuneratórios.
A publicação do JN noticia ainda que, em termos relativos, as melhorias propostas pelo Governo para estas categorias das forças de segurança vão variar entre 8,95% e 12,71% e que para as restantes categorias vai aplicar-se o princípio geral da Função Pública - aumentos de 52 euros nos salários brutos até 2.570,82 euros e de 2% nos salários acima deste valor.
A tabela remuneratória a que o JN teve acesso vai ser apresentada durante a manhã desta segunda-feira aos sindicatos e indica que os agentes da PSP e guardas da GNR na primeira posição remuneratória irão beneficiar de um aumento de 90,64 euros. Já os elementos que se encontram nas oitavas e sétimas posições, respetivamente, irão ter uma melhoria salarial de 104,2 euros. Em termos relativos, os aumentos propostos pela tutela variam entre os 8,95% na posição remuneratória e os 11,20% e 12,71% nas posições mais baixas.
A concretizarem-se as estimativas de inflação para o próximo ano – 7,4% segundo o Governo e 7,8% de acordo com o Banco de Portugal – tanto os salários dos agentes da PSP como dos guardas da GNR irão ter aumentos que representam aumentos reais do poder de compra.
Guardas da GNR
Posição Salário atual Proposta para 2023 Diferença
1. 809,13 899,77 11,20% (+90,64)
2. 847,67 955,37 12,71% (+107,7)
3. 903,27 1007,49 11,54% (+104,22)
4. 955,37 1059,59 10,91% (+104,22)
5. 1007,49 1111,72 10,35% (+104,23)
6. 1059,59 1163,82 9,84% (+104,23)
7. 1111,72 1215,93 9,37% (+104,21)
8. 1163,82 1268,04 8,95% (+104,22)
Agentes da PSP
Posição Salário atual Proposta para 2023 Diferença
1. 809,13 899,77 11,20% (+90,64)
2. 847,67 955,37
12,71% (+107,7)
3. 955,37 1059,59 10,91% (+104,22)
4. 1007,49 1111,72 10,35% (+104,23)
5. 1059,59 1163,82 9,84% (+104,23)
6. 1111,72 1215,93 9,37% (+104,21)
7. 1163,82 1268,04 8,95% (+104,22)
Aumentos dos agentes da PSP e guardas da GNR vão rondar os 100 euros - CNN Portugal (iol.pt)
Comentário do Wilson:
Em 2023 o governo vai acelerar a perda de rendimento dos funcionários públicos com aumentos de apenas 2% com um mínimo de cerca de 50 Euros.
A excepção vai para as forças de segurança (PSP e GNR) que irão ver o seu rendimento aumentado em cerca de 100 Euros o que representa um aumento de 9% a 13% dependendo do escalão.
De facto, o maior amigo da função pública foi Cavaco Silva, do PSD (que introduziu as carreiras e respectiva valorização) e o pior inimigo tem sido sistematicamente o PS desde Mário Soares até António Costa. Por este andar um auxiliar (contínuo) vai ganhar quase tanto quanto um professor.
Na verdade, se fizermos bem as contas tendo em consideração o número de horas, um auxiliar já ganha mais por hora do que um professor:
Façamos as contas:
Auxiliar trabalha 35 horas por semana e leva para casa 700 Euros o que dá cerca de 5 Euros por hora.
Professor trabalha 60 horas por semana e leva para casa pouco mais de 1000 Euros o que dá cerca de 4 Euros por hora.
Isto demostra duas coisas:
1.- Os professores são altamente explorados em actividades que nada tem a ver com o ensinar.
2.- Os professores são incompetentes para organizar o tempo e, apesar disso, o governo insiste em pôr professores a organizar a escola em vez de ser pessoas formadas em gestão. Isso tem como consequência processos desnecessários e reuniões intermináveis e desnecessárias, mas que duplicam ou triplicam o tempo de trabalho efectivo (mas improdutivo) dos professores.
Não admira que haja falta de professores, pois só um louco é que iria querer ser professor hoje em dia.
O mesmo se poderia dizer dos médicos no SNS que ganham muito menos do que no privado, mas aqui não posso dissertar muito pois falta-me conhecimento nesta área, no entanto sei que, por mais incrível que pareça, um director hospitalar do SNS não tem o poder de contratar ou despedir ninguém pois passa tudo pelo Ministério da Saúde.
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