Avançar para o conteúdo principal

PPP nos Hospitais custaram menos 12.8% face ao previsto.


© ANTóNIO COTRIM/LUSA

 No que toca ao setor da saúde, regista-se uma execução inferior em 35,5 milhões de euros (-12,8%) face ao previsto no OE2021, um desvio que se deve essencialmente às diminuições registadas nos pagamentos contratuais dos hospitais de Cascais e de Loures (22 milhões de euros), a não ocorrência de pagamentos de reconciliação nos hospitais de Loures e Vila Franca de Xira (22,2 milhões de euros); e, em sentido inverso, os pagamentos de reconciliação e de protocolos (não orçamentados) efetuados à Entidades Gestoras do Estabelecimento (EGEst) do Hospital de Braga, no valor de 9,6 milhões de euros.


Total das PPP custaram mais 68,6 milhões de euros no ano passado, face aos encargos do ano anterior.


Os encargos do Estado com as Parcerias Público-Privadas (PPP) aumentaram para 1.542,1 milhões de euros em 2021, 0,3% abaixo do estimado no Orçamento do Estado, mas 4,7% acima do executado no ano anterior.


Os dados constam da Conta Geral do Estado (CGE) 2021, entregue hoje no parlamento, que detalha que os encargos das Administrações Públicas com os contratos de PPP ascenderam a 1.542,1 milhões de euros, situando-se 0,3% (ou 5,2 milhões de euros) abaixo do montante estimado no relatório do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).


Quando comparado o ano de 2021 com o anterior, no entanto, os encargos do Estado com os contratos de PPP registaram um aumento de 4,7% (ou 68,6 milhões de euros).


Segundo a CGE 2021, o desvio em 2021 face ao valor orçamentado resulta de um conjunto de fatores, registando-se uma inferior execução dos encargos nos setores rodoviário e de saúde, mitigado parcialmente por uma menor execução nas receitas do setor rodoviário.


No que toca ao setor da saúde, regista-se uma execução inferior em 35,5 milhões de euros (-12,8%) face ao previsto no OE2021, um desvio que se deve essencialmente às diminuições registadas nos pagamentos contratuais dos hospitais de Cascais e de Loures (22 milhões de euros), a não ocorrência de pagamentos de reconciliação nos hospitais de Loures e Vila Franca de Xira (22,2 milhões de euros); e, em sentido inverso, os pagamentos de reconciliação e de protocolos (não orçamentados) efetuados à Entidades Gestoras do Estabelecimento (EGEst) do Hospital de Braga, no valor de 9,6 milhões de euros.


No que respeita ao setor rodoviário, o nível de encargos líquidos foi superior ao valor estimado no OE2021 em 31,7 milhões de euros (2,6%), refletindo o menor montante de receitas (em 51,3 milhões de euros, execução orçamental de 86%) com, em sentido contrário, o menor valor de encargos brutos (em 19,6 milhões de euros, execução orçamental de 99%).


Relativamente à diminuição das receitas, "deveu-se às alterações legislativas referentes à introdução de novos descontos de portagem (com impacto quantificado em 36,8 milhões de euros) e a uma recuperação do tráfego rodoviário mais lenta do que o esperado em face da continuação da pandemia de covid-19", refere.


A CGE 2021 detalha ainda que no que se refere aos encargos brutos, a evolução deveu-se sobretudo a dois efeitos que atuam em sentidos opostos: por um lado, a um menor montante de encargos efetivamente suportados com a realização de grandes reparações de pavimento face ao valor previsto no OE2021 e, por outro lado, a um volume de encargos superior ao orçamentado.


No entanto, quanto aos demais setores com parcerias integradas no ferroviário, aeroportuário e oceanário, a execução orçamental de despesa líquida conjunta ficou 1,6 milhões de euros abaixo face ao previsto.


Quando comparado o ano de 2021 com o anterior, o aumento decorreu essencialmente do incremento dos encargos verificado no setor rodoviário, de 139,8 milhões de euros, parcialmente mitigado por uma redução dos encargos com o setor da saúde (de 76,8 milhões de euros).


A CGE detalha que em comparação com o universo de parcerias reportadas durante o ano de 2020, verificou-se em 2021 a inclusão do contrato de concessão relativo à exploração do Oceanário no conjunto de parcerias reportadas.


Encargos com PPP subiram para 1542 milhões em 2021, 0,3% abaixo do orçamentado (dinheirovivo.pt)

IL defende PPP na saúde e responsabiliza PS, BE e PCP pelo seu fim (dn.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...