Avançar para o conteúdo principal

Qual é a diferença entre um Modem, um router e um ponto de acesso wifi?


Sabe a diferença entre um switch e um hub? Há muitos dispositivos que permitem construir uma rede e aceder à Internet que parecem iguais, mas que são diferentes. Este guia explica tudo.


Markus Spiske/Unsplash

Ligar um dispositivo à Internet parece uma coisa simples. Liga-se ao seu wi-fi, abre o browser e é tudo. Mas, quando algo corre mal, pode estar na altura de actualizar o seu equipamento para algo um pouco mais rápido e para isso é necessário perceber o que cada caixa faz. Aqui fica um guia que explica para que serve todo o material que mantém a sua rede doméstica a funcionar.

 

Modem

Um modem é o dispositivo que liga à Internet. O sinal de ligação vem através de cabo, fibra óptica ou linha telefónica até ao sítio onde vive e é ligado ao modem. Os modems transformam a informação digital que sai do seu computador num sinal analógico, que pode ser enviado através da ligação de cabo ou linha telefónica para o resto da Internet e também faz o inverso. A estes processos chama-se MOdulação e DEsModulação, daí o nome.

Modem
Um modem ADSL da DLink.

No caso português, a maioria dos ISP fornecem aos clientes routers que já incluem os modems, mas podem existir aplicações em que o modem é um dispositivo separado.

 

Routers

Um router serve para ligar vários computadores ao modem. Se tiver apenas um único computador em casa, pode ligá-lo directamente ao modem para aceder à Internet. No entanto, a maioria das pessoas têm mais do que um dispositivo para aceder à Internet e os modems apenas têm uma única ligação interna e por isso não conseguem enviar dados para vários dispositivos ao mesmo tempo.

Router
Router LinkSys.

Por isso é necessário um dispositivo que ligue todos os dispositivos entre si e também à Internet através de cabos de rede ou por wi-fi. Para conseguir uma comunicação sem falhas, os routers também tratam da gestão dos endereços IP de todos os dispositivos na rede – um endereço IP funciona como um identificador para que o router saiba que uma determinada informação chega ao dispositivo certo. Funciona assim: o modem recebe a informação vinda da Internet e envia-a para o router, que, por sua vez, a envia para o dispositivo que a pediu.

Router_traseira
Entradas ethernet de um router.

A uma rede criada desta forma chama-se uma ‘Local Area Network’ (LAN), ou em português: ‘Rede Local’. À grande rede que conhecemos por ‘Internet’ também se pode chamar Wide Area Network (WAN).

Existem routers que não incluem funcionalidades que permitem a criação de rede sem fios, ou wi-fi, e é aqui que entra o próximo dispositivo de que vamos falar.

 

Pontos de acesso wi-fi

No passado, todos os computadores só podiam estar ligados à Internet através de cabos. Hoje em dia, podemos ligar todos os tipos de dispositivos da rede doméstica através de uma rede sem fios, ou wi-fi. Para o conseguir fazer é necessário um dispositivo que consiga emitir um sinal rádio para transportar a informação.

Google_Wifi
Um kit Google Wi-fi com três pontos de acesso.

Os pontos de acesso wi-fi ligam-se ao router, normalmente através de um cabo e comunicam com os dispositivos ligados através de onda rádio. A maioria dos routers modernos incluem pontos de acesso para criar redes sem fios, mas também é possível comprar pontos de acesso wi-fi em separado, como os Google Wi-Fi, que permitem aumentar a área coberta pela rede wi-fi muito para além do alcance da rede de um router acrescentando mais pontos de acesso.

Ponto de acesso
Um ponto de acesso wi-fi.

Os dispositivo Google Wi-Fi permitem a criação de redes “mesh” (rede em inglês). Este tipo de redes sem fios permite a utilização de vários pontos de acesso sem fios, que comunicam entre si para aumentar e optimizar a recepção do sinal, para além de oferecer funcionalidades de segurança e gestão da rede mais avançadas.

 

Switches

Todos os routers têm entradas Ethernet (rede com fios), mas, dependendo da classe e do tamanho do router, essas entradas podem não ser suficientes para ligar todos os seus dispositivos, principalmente aqueles que ganham mais por estarem ligados desta forma, como consolas de jogos e computadores para jogos. Ao contrário dos routers, o switches não têm a capacidade de atribuir endereços IP aos dispositivos, servem apenas para dirigir os tráfego da informação de e para os vários dispositivos na rede.

Switch
Um switch TP-Link.

Se as entradas Ethernet do router não forem suficientes, pode usar um switch para acrescentar mais. Basta ligar os dispositivos ao switch e depois ligar o switch ao router. Existem vários tipos de switches, com várias quantidades de ligações e com ou sem gestão. Estes últimos permitem, por exemplo, atribuir prioridades na largura de banda disponível para comunicação em dispositivos específicos e criar regras.

Nas redes domésticas usam-se normalmente switches sem gestão por serem mais baratos e menos complicados de operar.

Hub
Como pode ver pela imagem, os hubs são fisicamente semelhantes aos switches, mas muito mais limitados.

Existe um outro tipo de dispositivos que são muito semelhantes ao switches: os hubs. Um hub pode ser considerado uma versão menos inteligente de um switch. Porque, ao contrário dos switches, que conseguem identificar para onde é que estão a enviar a informação, os hubs recebem a informação e copiam-na para todos os dispositivos que estiverem ligados a ele. Estes dispositivos já são muito pouco usados no contexto das redes domésticas.

Tudo em um

Como já foi mencionado antes neste texto, os routers modernos já incluem o modem, router e o ponto de acesso num único dispositivo, como é o caso dos routers que as operadoras de comunicações fornecem aos seus clientes. No entanto, em regra, estes dispositivos são sempre menos poderosos e com menos funcionalidades que os que se compram em lojas da especialidade. 


https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/qual-e-a-diferenca-entre-um-modem-um-router-e-um-ponto-de-acesso-wifi-663150

Comentários

Notícias mais vistas:

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin

 Em 2010, o criador do Bitcoin antecipou os perigos que a computação quântica poderia trazer para o futuro da criptomoeda e apresentou sugestões para lidar com uma possível quebra do algoritmo de criptografia SHA-256. Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin Um novo avanço no campo da computação quântica deixou a comunidade de criptomoedas em alerta sobre a possibilidade de quebra do algoritmo de criptografia SHA-256 do Bitcoin BTC, comprometendo a integridade das chaves privadas e colocando os fundos dos usuários em risco. Em 9 de dezembro, o Google apresentou ao mundo o Willow, um chip de computação quântica capaz de resolver, em menos de cinco minutos, problemas computacionais insolúveis para os supercomputadores mais avançados em uso nos dias de hoje. Apesar do alarde, Satoshi Nakamoto, o visionário criador do Bitcoin, já antecipara a ameaça quântica e sugerira duas medidas para mitigá-la. Em uma postagem no fórum Bitcoin Talk em junho de 2010, Sa...

Faça sempre isto antes de comer feijão enlatado, aconselha dietista

 É uma forma de tornar o alimento mais saudável. Saiba o que não se deve esquecer. Faça sempre isto antes de comer feijão enlatado, aconselha dietista O feijão em lata é uma forma rápida de consumir esta leguminosa sem ter o trabalho de demolhar e cozer. É um alimento rico em nutrientes e pode ser ainda mais benéfico se não se esquecer de um pequeno passo antes do consumir. Ao "website" Health, a dietista Amy Davis explica que o melhor é sempre passar os feijões por água antes de os comer ou preparar algum prato com este ingrediente. Em causa está o elevado teor de sódio que pode existir. Começa por dizer que o sódio é acrescentado não só para dar sabor, mas também para permitir que se conserve por mais tempo.  "Passar os feijões enlatados por água remove até 40% do teor de sódio e lava o líquido rico em amido que pode alterar o sabor e a textura dos pratos", explica. Esta poderá ser também uma forma de reduzir o risco de gases ou problemas intestinais. “Lavar pode ...