Presidente da República confirma que está a recorrer às poupanças. Ana Gomes é a candidata às presidenciais que tem o maior património. André Ventura tem as poupanças todas à ordem.
À entrada para o cargo de Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa declarava cerca de 395 mil euros brutos de rendimento anual respeitantes a 2014, dois terços dos quais como trabalhador independente: a actividade como jurista (que faz pareceres) e como comentador televisivo mais bem pago do país, na TVI. Tudo isso desapareceu com o novo cargo.
A última declaração de rendimentos entregue antes de assumir o cargo sugere uma perda potencial de rendimento bruto de 1,2 milhões de euros ao longo de todo o mandato. O Presidente, através de fonte oficial da Presidência da República, confirma "a redução significativa das suas poupanças, resultado de despesas pessoais e familiares". As poupanças de Marcelo caíram 142 mil euros entre a penúltima a última declaração de rendimentos e património entregues no Tribunal Constitucional. Questionado sobre se a questão financeira tinha sido ponderada na decisão de recandidatar-se, a mesma fonte oficial responde que "as questões materiais não são o que motivam as suas decisões, se assim fosse não se teria candidatado em 2015".
A análise às finanças de Marcelo faz parte de um trabalho mais amplo na edição impressa da SÁBADO sobre as finanças de cinco dos seis candidatos conhecidos à Presidência da República: a lista inclui a independente Ana Gomes (que tem o maior património), André Ventura do Chega! (que admite não saber investir e tem todas as poupanças numa conta à ordem), Marisa Matias do Bloco (que melhorou muito a sua vida financeira em Bruxelas) e João Ferreira do PCP (que também beneficiou do efeito Bruxelas e é o único senhorio e dono de participações sociais entre os candidatos).
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