Avançar para o conteúdo principal

Finlândia diz que houve um "incidente grave" numa das suas centrais nucleares

Radiação foi detetada no interior do sistema, mas não houve fuga para o exterior e não há perigo para pessoas ou o ambiente.


A central de Olkiluoto, em 2016.

A central de Olkiluoto, em 2016.

© Martti Kainulainen / Lehtikuva / ARQUIVO AFP


Um reator nuclear na Finlândia desligou-se automaticamente depois de ter sido detetado um pico de radiação no interior do sistema nesta quinta-feira (10 de dezembro), mas não houve fuga de radiação, anunciaram as autoridades de segurança nucleares do país.

"Não há perigo para as pessoas ou o ambiente" do incidente na central de Olkiluoto 2, disse à AFP um dos responsáveis da STUK, Tomi Routamo.

Apesar de os níveis de radiação serem normais em redor da central e não ter havido qualquer fuga, a STUK descreveu o incidente como "grave" no Twitter (na mensagem em inglês falava-se de "ocorrência operacional anormal") e disse que os protocolos de prontidão foram ativados em colaboração com a operadora da central, a TVO.

A STUK anunciou depois que a situação estava "estável e que a central está segura". Os níveis de radiação voltaram ao normal no sistema.

"Nenhum evento do género tinha acontecido antes na Finlândia", disse Routamo. O reator Olkiluoto 2 começou a funcionar em 1980, sendo que um terço da energia na Finlândia vem das suas centrais nucleares.

Os sistemas automáticos detetaram um aumento do nível de radioatividade nos canos de vapor do sistema de arrefecimento do reator. As razões para isso ter acontecido ainda não são conhecidas e o caso está a ser investigado. 


https://www.dn.pt/mundo/finlandia-diz-que-houve-um-incidente-grave-numa-das-suas-centrais-nucleares-13125599.html

Comentários

Notícias mais vistas:

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

Defender a escola pública

 1. Escrevo sobre o conflito que envolve os professores preocupada, em primeiro lugar, com o efeito que este está a ter na degradação da escola pública, na imagem e na confiança dos pais no sistema educativo, nos danos que estão a ser causados a milhares de alunos cujas famílias não têm condições para lhes proporcionar explicações ou frequência de colégios privados. Parece-me importante que, nas negociações entre Governo e sindicatos, esta dimensão do problema seja equacionada. Escrevo, em segundo lugar, porque espero poder dar um contributo para a compreensão e boa resolução do conflito, apesar de todo o ruído e falta de capacidade para ouvir. 2. Nos anos pré-pandemia, eram muitos os sinais das dificuldades das escolas em prestar um serviço de qualidade. A existência de milhares de alunos sem professor, em várias disciplinas e em vários pontos do país, gerou um clamor sobre a falta de docentes e a fraca atratividade da carreira. Porém, o problema da falta de professores nas escola...