Avançar para o conteúdo principal

Motor termonuclear pode levar-nos a Marte em apenas 3 meses


Com a evolução da tecnologia, a distância entre o resto do Universo e a Terra tende a ficar mais curta. Se anos-luz é uma medida de perder de vista, havemos de voar para lá dessa velocidade e deslocar-nos-emos muito mais rápido pelo espaço. Atualmente, uma viagem da Terra a Marte, recorrendo à sincronização orbital – que acontece a cada 26 meses -, leva cerca de 260 dias. Contudo, a empresa USNC-Tech afirma que projetou um novo motor termonuclear capaz de levar os astronautas ao Planeta Vermelho em apenas três meses.

Esta tecnologia é duas vezes mais eficiente que um foguete químico.

Imagem do motor termonuclear que poderá levar as naves até Marte

A Ultra Safe Nuclear Corporation (USNC) projetou um novo motor termonuclear que afirma poder transportar astronautas a Marte em apenas três meses – e de volta à Terra no mesmo período. Ao usar microcápsulas de cerâmica de combustível de alto teor de urânio enriquecido (HALEU ou high assay low enriched uranium), o motor termonuclear da USNC poderá reduzir a viagem a menos de metade.

Contudo, tal como referem, o problema é produzir um reator nuclear que seja leve e seguro o suficiente para uso fora da atmosfera da Terra. Além disso, há o assumir o risco de colocar este reator dentro de uma nave que será carregada com tripulação.

 

Tecnologia que já tem muitos anos

Apesar de se falar cada vez mais na tecnologia termonuclear para propulsão, este é um conceito já com décadas. Várias ideias e projetos foram sendo descartados ao longo dos anos pelas agências espaciais. Contudo, à medida que a tecnologia avança, as hipóteses de sucesso do motor termonuclear parecem atrair os especialistas.

Conforme é referido, este motor usa o calor gerado por uma reação nuclear para impulsionar o foguetão espacial, podendo atingir velocidades muito superiores às atuais. Outra vantagem em relação aos motores químicos tradicionais é que o novo propelente HALEU poderá ter um peso menor.

A tecnologia da USNC chega poucos meses depois de Elon Musk sugerir que um motor nuclear poderia ser a chave para levar os astronautas a Marte. Para Musk, a preocupação era com a saúde e segurança dos astronautas: quanto mais longa a viagem a Marte, mais tempo os astronautas ficam expostos à extraordinária radiação cósmica.

O Departamento de Energia concorda que o combustível HALEU é menos perigoso do que parece ser. Inclusive o reator do novo motor é muito semelhante ao projeto que alimenta as próximas instalações de energia d0 microrreator da USNC.

 

Marte ali tão perto…

O planeta vermelho é o grande objetivo das agências espaciais, com a NASA à cabeça seguida por empresas particulares, como a SpaceX. Conforme é sabido, o grande objetivo de Elon Musk é que, até 2024, a SpaceX coloque uma pessoa em Marte. Mais à frente, sendo a meta 2050, o visionário pretende construir uma cidade autossustentável no Planeta Vermelho. Assim, além de levar astronautas até à Lua, quer também passar por Marte e ir ainda mais além. 


https://pplware.sapo.pt/ciencia/motor-termonuclear-pode-levar-nos-a-marte-em-apenas-3-meses/

Comentários

Notícias mais vistas:

Mira a navios e barcos em colisão: Dinamarca avisa para ações da Rússia e já fala em ataques militares à NATO

 Pouco maior que o Alentejo, este país tem sido um alvo primordial das ações russas A Dinamarca mudou o chip e já fala em guerra. Híbrida, é certo, mas uma guerra que diz que a Rússia desencadeou contra o pequeno país, que tem sido fortemente fustigado por incidentes que, em muitos casos, ainda não têm explicação. É o caso dos drones que já foram vistos em cinco aeroportos dinamarqueses, incluindo no de Copenhaga, o principal do país. Sem culpar diretamente a Rússia pelo que tem acontecido, a Dinamarca não tem dúvida: existe uma guerra híbrida em curso contra o país e foi a Rússia a desencadeá-la. Isso mesmo foi dito com todas as palavras pelo chefe dos serviços de segurança das Forças Armadas da Dinamarca, Thomas Ahrenkiel, que emitiu vários avisos durante uma conferência de imprensa em que sublinhou que a probabilidade de uma sabotagem é bastante elevada. Sabotagem à Dinamarca, sim, mas também à NATO, já que este é um país integrante da Aliança Atlântica. “Sabemos que a Rússia es...

Rússia lança maior ataque desde o início da guerra contra fronteira com Polónia

 A Rússia lançou hoje o maior ataque, desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022, contra a região de Lviv, que faz fronteira com a Polónia. Mais de 110.000 consumidores ficaram sem energia na Ucrânia, cerca de 70.000 dos quais em Zaporijia. "Esta noite, o inimigo realizou o principal ataque contra a região de Lviv desde o inicio da invasão", relatou o chefe da Administração Militar Regional da Ucrânia, Maksim Kozitskí, na sua conta no Telegram. Cerca de 140 drones e 23 mísseis foram direcionados Lviv. As defesas antiaéreas ucranianas destruíram 478 drones e mísseis russos direcionados à Ucrânia, segundo o último boletim. O bombardeamento obrigou a Polónia e os seus aliados da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a ativarem o seu alerta máximo e os sistemas de defesa e de reconhecimento. Em Lapaivka, perto da cidade de Lviv, uma família de quatro pessoas morreu na sequência de um dos bombardeamentos. O presidente da Câmara de Lviv, Andry Sadovi, disse que mais de...

Bruxelas prepara quatro projetos de "Prontidão para a Defesa" da Europa

  A responsável pela política externa da União Europeia, Kaja Kallas, e a Comissão Europeia, estão a preparar um documento sobre projetos para a Defesa da UE a propor ainda antes do Conselho Europeu marcado para 23 e 24 de outubro. Apelidado "Roteiro de Prontidão para a Defesa", o "documento de âmbito" que está a ser preparado, visto pela agência Reuters, inclui quatro projetos "emblemáticos" para beneficiar a segurança europeia no seu todo. Muro Europeu de Drones, Observatório do Flanco Oriental Escudo de Defesa Aérea Escudo Espacial de Defesa Estes projetos estarão abertos a todos os Estados-membros que queiram participar , refere ainda o documento. Depois das várias incursões de drones no espaço aéreo da Europa de Leste nas últimas semanas, atribuídas à Rússia, diversos países da região aceleraram planos para fortalecer a segurança e defesa de infraestruturas vitais, como vias de energia e de telecomunicações. Muro de drones Na sexta-feira passada,  o c...