Avançar para o conteúdo principal

Intel aposta na tecnologia neuromórfica para criar computadores mil vezes mais poderosos



 A Intel celebrou recentemente uma importante parceria com a Sandia National Laboratories. O objetivo é assim explorar mais profundamente o mundo da computação neuromórfica relativamente a problemas de Inteligência Artificial.

Este acordo vai envolver um sistema baseado no chip Loihi da Intel que conta com 50 milhões de neurónios. A Intel espera que a computação neuromórfica possibilite o desenvolvimento de computadores mil vezes mais poderosos do que aqueles que atualmente existem.


Intel cria pareceria para investir da computação neuromórfica

Os computadores estão cada vez mais evoluídos e o objetivo é então torná-los mais inteligentes para melhor servirem o utilizador. Nesse sentido, a Intel celebrou agora um importante acordo de três anos com a Sandia National Laboratories com foco no investimento da tecnologia neuromórfica.

A computação neuromórfica caracteriza-se pela implementação de circuitos que imitam a biologia do sistema nervoso. E este será assim um avanço importante para o departamento de investigação da Intel. Através desta tecnologia, o modo como hoje a computação funciona, nomeadamente ao nível da Inteligência Artificial, tornar-se-á mais evoluído e adaptado às exigências o ser-humano na sua dinâmica homem-máquina.

O acordo faz parte do programa de Pesquisa em Computação Científica Avançada do Departamento de Energia dos EUA. Numa fase inicial a Sandia irá gerir o projeto, contando para isso com um chip Intel Loihi de 50 milhões de neurónios que recentemente chegou às suas instalações em Albuquerque, Novo México.


Loihi, o chip para investigações neuromórficas da Intel. (Créditos: Intel)


Segundo a fabricante, à medida que esta parceria avança os laboratórios vão então recebendo sistemas desenvolvidos através da sua arquitetura neuromórfica de próxima geração.

Segundo as informações, a Intel e a Sandia esperam aplicar a computação neuromórfica a cargas de trabalho em computação científica, antiproliferação, contraterrorismo, energia e segurança nacional.

Juntamente com a Intel, vários investigadores da IBM, HP, MIT, Purdue e Stanford esperam fazer evoluir a computação neuromórfica. Desta forma, seria possível criar supercomputadores mil vezes mais poderosos do que aqueles que atualmente estão a ser usados.


O poder do chip Loihi

Os chips Loihi destacam-se por conseguirem identificar problemas de satisfação de restrição, os quais exigem a avaliação de um grande número de potenciais soluções de modo a detetar assim uma ou algumas que satisfaçam restrições específicas.

Para além disso, estes chips também demonstraram que conseguem identificar rapidamente caminhos mais curtos em gráficos. E ainda realizar pesquisas aproximadas de imagens e otimizar matematicamente objetivos específicos ao longo do tempo em problemas de otimização do mundo real.

O chip Loihi da Intel é construído em 14 nanómetros, tem mais de 2 mil milhões de transístores, 130 mil neurónios artificiais e 120 milhões de sinapses. Apresenta um mecanismo de microcódigo programável para treino on-die de redes de disparos neuronais (SNNs – Spiking Neural Network) ou modelos de IA que incorporam o tempo no sistema operativo de forma a que os componentes não processem dados de entrada em simultâneo.

A Intel adianta que o Loihi processa informações até 1.000 vezes mais rápido e com 10.000 vezes mais eficiência que os processadores tradicionais. Importante também é referir que o chip consegue manter os resultados de desempenho em tempo real e usa apenas 30% mais energia quando ampliado até 50 vezes. Por sua vez o hardware tradicional no mesmo processo usa 500% mais energia.

https://pplware.sapo.pt/gadgets/hardware/intel-aposta-na-tecnologia-neuromorfica-para-criar-computadores-mil-vezes-mais-poderosos/

Comentários

Notícias mais vistas:

Como uma entrevista matou João Rendeiro

João Rendeiro, após ser acusado de irregularidades no banco que fundou e presidia, o BPP, fugiu, não para um país que não tivesse acordo de extradição com Portugal mas para África do Sul onde tinha negócios. Acreditando na privacidade concedida por uma VPN, deu uma entrevista à CNN Portugal (TVI), via VPN. A partir dessa entrevista as autoridades portuguesas identificaram a localização de João Rendeiro que nunca acreditou que as autoridades sul-africanas o prendessem pois considerava as acusações infundadas e não graves ao ponto de dar prisão. No entanto João Rendeiro foi preso e, não acreditando na justiça portuguesa, recusou a extradição para Portugal acreditando que seria libertado, o tempo foi passando e ele teve de viver numa das piores prisões do mundo acabando por ter uma depressão que o levou ao suicídio. Portanto, acreditando no anonimato duma VPN, deu uma entrevista que o levou à morte. Este foi o meu comentário, agora o artigo da Leak: A falsa proteção da VPN: IPTV pode pôr-...

"Assinatura" típica do Kremlin: desta vez foi pior e a Rússia até atacou instalações da UE

Falamos de "um dos maiores ataques combinados" contra a Ucrânia, que também atingiu representações de países da NATO Kiev foi novamente bombardeada durante a noite. Foi o segundo maior ataque aéreo da Rússia desde a invasão total à Ucrânia. Morreram pelo menos 21 pessoas, incluindo quatro crianças, de acordo com as autoridades. Os edifícios da União Europeia e do British Council na cidade foram atingidos pelos ataques, o que levou a UE e o Reino Unido a convocarem os principais diplomatas russos. Entre os mortos encontram-se crianças de 2, 17 e 14 anos, segundo o chefe da Administração Militar da cidade de Kiev. A força aérea ucraniana afirmou que o Kremlin lançou 629 armas de ataque aéreo contra o país durante a noite, incluindo 598 drones e 31 mísseis. Yuriy Ihnat, chefe de comunicações da Força Aérea, disse à CNN que os foi “um dos maiores ataques combinados” contra o país. O ministério da Defesa da Rússia declarou que atacou “empresas do complexo militar-industrial e base...

Avião onde viajava Von der Leyen afetado por interferência de GPS da Rússia

 O GPS do avião onde viajava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi afetado por uma interferência que as autoridades suspeitam ser de origem russa, no domingo, forçando uma aterragem com mapas analógicos. Não é claro se o avião seria o alvo deliberado. A aeronave aterrou em segurança no Aeroporto Internacional de Plovdiv, no sul da Bulgária, sem ter de alterar a rota. "Podemos de facto confirmar que houve bloqueio do GPS", disse a porta-voz da Comissão Europeia, Arianna Podesta, numa conferência de imprensa em Bruxelas. "Recebemos informações das autoridades búlgaras de que suspeitam que se deveu a uma interferência flagrante da Rússia". A região tem sofrido muitas destas atividades, afirmou o executivo comunitário, acrescentando que sancionou várias empresas que se acredita estarem envolvidas. O governo búlgaro confirmou o incidente. "Durante o voo que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para Plovdiv, o s...