Avançar para o conteúdo principal

Novo aeroporto, TGV Porto-Lisboa, expansão dos portos do continente e Açores, do Metro de Lisboa e Porto, etc. etc. etc.


O plano de Costa e Silva para Portugal inclui um novo aeroporto, um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa e a expansão das linhas de metro

António Costa e Silva acredita que o investimento em infraestruturas estratégicas na próxima década é essencial para tornar o país mais competitivo. O gestor, convidado pelo Governo a coordenar o Plano de Recuperação Económica de Portugal quer uma ferrovia mais moderna e competitiva, repensar os portos e investir nos transportes públicos.

O plano de Costa e Silva para Portugal inclui um novo aeroporto, um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa e a expansão das linhas de metro.

"O país tem acumulado muitas polémicas sobre as infraestruturas. É agora o tempo de as fazer". A frase é de António Costa e Silva e pode ser lida no Plano de Recuperação Económica de Portugal, programa que o professor do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e presidente da comissão executiva da Partex Oil and Gas foi convidado pelo Governo a coordenar.

Na proposta do gestor ao Governo, a que o Expresso teve acesso, Costa e Silva considera que para que o país possa ter sucesso é necessário a construção de várias infraestrutuas. Começando pela ferrovia, salienta a importância de concretizar o Plano Ferroviário do país e modernizar a rede, tornando-a mais 'verde' e competitiva. Neste campo, destaca dois projetos que já estão em curso, a construção do eixo Sines-Madrid e a renovação da Linha da Beira Alta, e propõe a construção de um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros. O objetivo é melhorar a circulação ferroviária dentro do país e com Espanha, seja ao nível de passageiros, seja ao nível de mercadorias.

No que toca ao setor marítimo-portuária, António Costa e Silva pretende aumentar a competitividade do porto de Leixões, sobretudo através de investimentos em equipamentos e instalações para receber grandes navios, construir em Sines um portuário de minérios, para exportar os recursos minerais disponíveis no território português, melhorar e expandir o porto de Portimão, tornando-o no de referência no Algarve, transformando-o num ponto de ligação com o norte de África, ao mesmo tempo que o porto de Faro passava a ser mais dotado para o setor da náutica de recreio. No documento é ainda possível ler sobre a intenção de reconverter Porto da Praia da Vitória, nos Açores, numa espécie de estação para fornecer gás natural liquefeito aos navios que cruzam o Atlântico, a necessidade de se resolverem os problemas estruturais do porto de Lisboa e a consolidação de um hub portuário nacional polivalente, num processo que terá como base a tecnologia 5G que permitirá a digitalização dos portos mais eficiente.

O investimento nas redes urbanas de transportes públicos é outro fator que Costa e Silva considera fundamental para a próxima década, desde fazer chegar a rede de metro de Lisboa às zonas da periferia até à expansão do metro na área metropolitana do Porto, nomeadamente a montante da ponte da Arrábida. Além disso, o gestor apela à necessidade de que cidades de média dimensão desenvolvam sistemas de transporte coletivo como importante medida para alcançar as metas de descarborização.

No documento de 119 páginas, António Costa e Silva defende ainda a importância da construção de um novo aeroporto na Área Metropolitana de Lisboa e necessidade de se assegurar que o norte do país, onde predomina um tecido empresarial com forte índole exportadora, tenha uma boa cobertura de ligações aéreas que possam tornar esta zona do país mais competitiva.

“Numa primeira fase, a construção das infraestruturas vai ser uma alavanca da economia nacional, arrastando todo o setor da construção, dinamizando as empresas nacionais e os fornecedores de equipamentos e serviços e, consequentemente, promovendo o emprego”, escreve o gestor, segundo o que é publicado no semanário Expresso.


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...