Presidente do PSD chamou a si as negociações mais importantes do orçamento suplementar, negociou diretamente com Costa e formou uma espécie de Bloco Central que feriu a geringonça. PCP já saltou fora.
Estávamos a meio das votações, artigo a artigo, alínea a alínea, das propostas de alteração ao Orçamento Suplementar. O tema era a polémica proposta de apoio aos sócios-gerentes, que tinha sido mandada para trás por Marcelo Rebelo de Sousa para os partidos a ratificarem. Cecília Meireles, do CDS, olha para os papéis e atira um desabafo: “Não estou a perceber esta votação”. “Não estás? É o PS a negociar com o PSD”, responderia a bloquista Mariana Mortágua. O PSD, que estava inicialmente alinhado com a esquerda e a direita nessa medida, tinha acabado de recuar e apresentava afinal uma proposta autónoma que deixava de fora os trabalhadores independentes. Era o que o PS queria. Por isso é que tinha pedido o adiamento da votação. Resultado: foi a proposta do PSD que foi aprovada, com o voto do PS, e as restantes caíram por terra.
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