Avançar para o conteúdo principal

Gang ataca jovem de bairro rival com faca e pedra em Sintra. Vítima passou a viver escondida


Rapaz de 15 anos foi atacado porque vivia num bairro rival do dos agressores.
Menor teve de mudar de bairro e só sai de casa com os pais.

Rapaz de 15 anos foi atacado porque vivia num bairro rival do dos agressores

Um grupo de seis rapazes, todos menores, do mesmo gang juvenil de Mem Martins, Sintra, atacou gratuitamente à facada e pedrada um miúdo de 15 anos, que conheciam apenas de vista e por residir num bairro rival. A vítima vive em pânico. Teve de mudar de casa e só sai à rua acompanhado pelos pais. Um dos agressores, o único com 16 anos e responsabilizável criminalmente, foi agora detido pela PJ de Lisboa por homicídio tentado e colocado em prisão preventiva. Os restantes foram entregues aos pais. Vão responder em tribunal de menores.

Segundo explicou ao CM fonte policial, a vítima e outros jovens foram vítimas de bullying violento por parte do gang. O rapaz não fez nada para provocar os agressores, mas por pelo menos duas vezes, no final de fevereiro e início de março, foi “encontrado no caminho entre a escola e casa e golpeado ao de leve com uma faca, a título de aviso”. Apenas por “ser conotado” como de um gang de um bairro rival, após publicações nas redes sociais.

No dia 11 de março, o rapaz foi rodeado numa paragem de autocarros frente à escola, próxima da estação da CP. Os seis agressores, entre os 14 e os 16 anos, provocaram-lhe “lesões graves” com uma arma branca e pedras da calçada. A vítima foi transportada ao hospital devido a ferimentos nas pernas.

A PSP recebeu a queixa. A vítima conseguiu identificar pelo menos um dos agressores. Mas passou a viver escondida. O menor e os pais foram obrigados a mudar de bairro e de hábitos. Poucos dias após a agressão as escolas fecharam devido à Covid-19 e a vítima deixou de participar em todas as atividades, mesmo nas pela internet. Só recentemente a PJ soube do caso, após a mãe se ter deslocado à sede daquela polícia indignada com a falta de andamento da investigação.



Comentários

Notícias mais vistas:

Está farto de chamadas comerciais ‘spam’? Decore estas três frases ‘mágicas’ que o podem safar

 As chamadas comerciais, muitas vezes referidas como chamadas spam, são aquelas em que empresas contactam os consumidores para tentar vender produtos ou serviços. Estas chamadas tornaram-se uma das maiores fontes de irritação para os utilizadores, principalmente porque, na maioria das vezes, os produtos oferecidos não são do interesse de quem atende. Além disso, essas chamadas tendem a acontecer nos momentos mais inconvenientes, como quando acabamos de fechar os olhos para uma sesta ou enquanto estamos a pagar as compras no supermercado. Pior ainda, não se trata apenas de uma única chamada por dia; há casos em que os consumidores recebem várias dessas chamadas indesejadas em poucas horas, o que aumenta o nível de frustração. Com o crescimento da cibercriminalidade, as chamadas telefónicas tornaram-se também uma via popular para fraudes, o que faz com que os consumidores queiram eliminar este tipo de contactos para evitar confusões entre chamadas legítimas e tentativas de burla. Ape...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...

Aníbal Cavaco Silva

Diogo agostinho  Num país que está sem rumo, sem visão e sem estratégia, é bom recordar quem já teve essa capacidade aliada a outra, que não se consegue adquirir, a liderança. Com uma pandemia às costas, e um país político-mediático entretido a debater linhas vermelhas, o que vemos são medidas sem grande coerência e um rumo nada perceptível. No meio do caos, importa relembrar Aníbal Cavaco Silva. O político mais bem-sucedido eleitoralmente no Portugal democrático. Quatro vezes com mais de 50% dos votos, em tempos de poucas preocupações com a abstenção, deve querer dizer algo, apesar de hoje não ser muito popular elogiar Cavaco Silva. Penso que é, sem dúvida, um dos grandes nomes da nossa Democracia. Nem sempre concordei com tudo. É assim a vida, é quase impossível fazer tudo bem. Penso que tem responsabilidade na ascensão de António Guterres e José Sócrates ao cargo de Primeiro-Ministro, com enormes prejuízos económicos, financeiros e políticos para o país. Mas isso são outras ques...