Portugal deverá desenvolver projetos de €7 mil milhões para produzir hidrogénio verde e descarbonizar a indústria, com €900 milhões de apoios públicos ao longo da década
Portugal tem atraído projetos ligados ao hidrogénio mas a aposta tem merecido críticas e está longe de ser consensual.
O projeto permitirá criar em Mirandela uma solução amiga do ambiente: a Dourogás, num investimento de €2,4 milhões, produzirá hidrogénio (H2) a partir de energia solar e, juntando-o a biogás, criará um combustível verde, que alimentará o consumo de uma dezena de viaturas pesadas. Produzir biogás a partir de resíduos gera 60% de metano e 40% de dióxido de carbono (CO2). Esse CO2 será misturado com o hidrogénio, e desse processo resultará mais metano (CH4), totalmente limpo.
Este projeto da Dourogás, cofinanciado pelo Fundo de Apoio à Inovação (FAI), é um de vários exemplos de apostas nos gases renováveis. A Dourogás tem na calha mais dois investimentos (€15 milhões cada) para captar CO2 de fábricas e usá-lo para produzir gás sintético para a mobilidade, conta ao Expresso o presidente da Dourogás, Nuno Afonso Moreira, um dos entusiastas do novo mundo do H2 verde, que um manifesto assinado por dezenas de personalidades classificou como uma “aventura” que sairá demasiado cara aos portugueses.
Comentário do Wilson:
Há que ter noção dos números: Este investimento da Dourogás que me parece ter um racional legítimo, representa menos de 0.003% do total que o governo está a promover e que pelos valores em causa há quem diga que é "O Crime Económico do Hidrogénio":
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