Avançar para o conteúdo principal

Afinal, os carros elétricos são ou não poluentes?

"em países como a Índia, Polónia e Republica Checa, os veículos elétricos têm mais emissões que um carro a gasolina."

Os carros elétricos dizem ser amigos do ambiente e com emissões zero, mas têm surgido estudos que dizem serem, igualmente, poluentes. Será verdade?

Os estudos são como os narizes, todos temos um e todos são diferentes e usados de maneira distinta. Se por um lado há estudos que dizem os carros elétricos poluírem devido ás baterias, aos travões e ao rolamento dos pneus, surgiu agora um estudo que diz isso ser um mito.

Feito pela organização “Nature Sustainability”, percebe-se que o resultado teria de ser o oposto daqueles estudos feitos por alguns construtores e pelos defensores dos combustíveis fósseis. Porém, num espirito de democracia que impera no AUTOMAIS, aqui ficam as conclusões do estudo desta associação.

Ora, na verdade, os carros elétricos são realmente amigos do ambiente na maioria dos casos. Altamente técnico e indecifrável para os comuns mortais, na sua conclusão, este estudo descobriu que em 2015 “conduzir um carro elétrico oferecia um ciclo de emissões inferiores ao de um carro a gasolina”. Tudo estando dependente, claro, do grau de limpeza da energia fornecida pela rede.

Diz o estudo que, em média, “mesmo o modelo elétrico menos eficiente, será menos intenso em termos de emissões que um carro a gasolina, desde que as emissões da rede sejam inferiores a 700 gr/kWh de CO2.”

Por outro lado, o estudo diz que os veículos elétricos, geralmente, têm emissões durante o ciclo de vida inferiores que as de um veículo a gasolina, uma conclusão que resiste “a variações de emissões de determinadas ações como a produção de baterias.” Estas conclusões são válidas para 53 das 59 regiões do mundo, ou seja, 95% da procura global de mobilidade rodoviária. Ainda segundo o estudo, os veículos elétricos têm uma média de 31% menos de emissões por quilómetro do que carros a gasolina. Em 2015, os veículos elétricos eram quase sempre mais eficientes que modelos a gasolina na América do Norte e na América do Sul. Porém, em países como a Índia, Polónia e Republica Checa, os veículos elétricos têm mais emissões que um carro a gasolina.

Para Florian Knobloch, autor do estudo, “a ideia que os veículos elétricos podem aumentar as emissões é um mito. Analisámos os números para todo o mundo e perante uma gama completa de automóveis e os piores cenários, haverá, sempre, uma redução das emissões.”

https://automais.autosport.pt/electricos/afinal-os-carros-eletricos-sao-ou-nao-poluentes/

Comentários

Notícias mais vistas:

Está farto de chamadas comerciais ‘spam’? Decore estas três frases ‘mágicas’ que o podem safar

 As chamadas comerciais, muitas vezes referidas como chamadas spam, são aquelas em que empresas contactam os consumidores para tentar vender produtos ou serviços. Estas chamadas tornaram-se uma das maiores fontes de irritação para os utilizadores, principalmente porque, na maioria das vezes, os produtos oferecidos não são do interesse de quem atende. Além disso, essas chamadas tendem a acontecer nos momentos mais inconvenientes, como quando acabamos de fechar os olhos para uma sesta ou enquanto estamos a pagar as compras no supermercado. Pior ainda, não se trata apenas de uma única chamada por dia; há casos em que os consumidores recebem várias dessas chamadas indesejadas em poucas horas, o que aumenta o nível de frustração. Com o crescimento da cibercriminalidade, as chamadas telefónicas tornaram-se também uma via popular para fraudes, o que faz com que os consumidores queiram eliminar este tipo de contactos para evitar confusões entre chamadas legítimas e tentativas de burla. Ape...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...

Aníbal Cavaco Silva

Diogo agostinho  Num país que está sem rumo, sem visão e sem estratégia, é bom recordar quem já teve essa capacidade aliada a outra, que não se consegue adquirir, a liderança. Com uma pandemia às costas, e um país político-mediático entretido a debater linhas vermelhas, o que vemos são medidas sem grande coerência e um rumo nada perceptível. No meio do caos, importa relembrar Aníbal Cavaco Silva. O político mais bem-sucedido eleitoralmente no Portugal democrático. Quatro vezes com mais de 50% dos votos, em tempos de poucas preocupações com a abstenção, deve querer dizer algo, apesar de hoje não ser muito popular elogiar Cavaco Silva. Penso que é, sem dúvida, um dos grandes nomes da nossa Democracia. Nem sempre concordei com tudo. É assim a vida, é quase impossível fazer tudo bem. Penso que tem responsabilidade na ascensão de António Guterres e José Sócrates ao cargo de Primeiro-Ministro, com enormes prejuízos económicos, financeiros e políticos para o país. Mas isso são outras ques...