Avançar para o conteúdo principal

Ensino superior: Lisboa e Porto lideram aumento de vagas


Segundo a lista de vagas, o Porto vai abrir, no total, 4.173 vagas, ganhando 142 novos lugares, a maioria dos quais na Faculdade de Engenharia, que vai poder receber no próximo ano mais 110 alunos, em comparação com o ano anterior.

Universidade Porto
Lisboa e Porto lideram no aumento do número de vagas disponíveis para o próximo ano letivo, segundo dados hoje divulgados, com o Porto a crescer nas engenharias e Lisboa nas competências digitais.

A Direção-Geral do Ensino Superior disponibilizou hoje dados relativos ao concurso nacional de acesso ao ensino superior público de 2020/2021, que aponta para um aumento global de 1% no número de vagas, com a Universidade do Porto e a Universidade Nova de Lisboa a registarem o maior crescimento em termos absolutos.

PUBLICIDADE

Ads by Teads
Segundo a lista de vagas, o Porto vai abrir, no total, 4.173 vagas, ganhando 142 novos lugares, a maioria dos quais na Faculdade de Engenharia, que vai poder receber no próximo ano mais 110 alunos, em comparação com o ano anterior.

“O Porto tem muitos casos de cursos com elevada procura por parte de alunos de excelência, mas foi pedido, por falta de capacidade interna, o reforço da Engenharia Eletrónica e das Ciências da Computação, em vez da Arquitetura e Direito”, explicou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, em declarações à Lusa.

Já na Universidade Nova de Lisboa há um reforço no âmbito das competências digitais e das ciências de dados, acrescenta o ministro, com a Faculdade de Ciências e Tecnologias a somar mais 17 vagas e o Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação a disponibilizar mais 14 lugares, em relação ao ano anterior.

Por outro lado, também a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa cresce em número de vagas, passando de 390 para 426, um aumento que estará relacionado com a elevada procura por alunos de excelência.

Olhando para os dados referentes ao concurso nacional de acesso ao ensino superior público, o ministro destaca também o aumento de vagas nas zonas do interior e nos institutos politécnicos.

Nas regiões com menor pressão demográfica, o aumento é de 2%, em relação ao ano anterior, enquanto o número de vagas disponibilizadas pelas instituições de ensino superior politécnico aumenta 1,3%, mais 0,3 pontos percentuais em comparação com as universidades.

Relativamente ao ensino politécnico, o ministro sublinha que o aumento registado traduz uma cada vez maior valorização e modernização destas instituições.

No global, regista-se um aumento de 1% face ao número de vagas disponibilizadas no ano anterior, uma tendência que, segundo Manuel Heitor, acompanha a cada vez maior procura.

“Este ano atingimos, pela primeira vez, metade dos jovens de 20 anos residentes em Portugal a estudar no ensino superior. Se isso nos deve orgulhar, também sabemos que não chega e que temos de estudar mais”, sublinhou o ministro.

Este aumento não é transversal, com a formação em competências digitais a passar de 8.036 para 8.263 vagas (mais 2%), mas de uma maneira geral a maioria das Universidades e Politécnicos vai poder receber mais alunos no próximo ano letivo.

Em sentido oposto, estão apenas três instituições: a Universidade dos Açores, o Instituto Politécnico de Lisboa e a Instituto Politécnico de Viseu. Sobre estes casos, Manuel Heitor explica que a definição das vagas respeita a estratégia interna das próprias instituições.

No próximo ano letivo, serão disponibilizadas 52.129 vagas, mais 561 do que no ano anterior, 1.523 das quais em cursos de Medicina.

O prazo de candidatura à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público decorre entre 7 e 23 de agosto, mais tarde do que habitualmente, devido à pandemia de covid-19, que obrigou também ao adiamento do calendário de exames nacionais.


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Putin admite que defesas aéreas russas abateram avião da Azerbaijan Airlines em 2024

    Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, 25 de dezembro de 2024  -    Direitos de autor    AP Photo Direitos de autor AP Photo O avião de passageiros da Azerbaijan Airlines despenhou-se em Aktau, a 25 de dezembro de 2024, durante um voo de Baku para Grozny. PUBLICIDADE O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu na quinta-feira que as defesas aéreas da Rússia foram responsáveis pelo abate de um avião de passageiros do Azerbaijão em dezembro, que matou 38 pessoas, na sua primeira admissão pública de culpa pelo acidente. Putin fez a declaração durante um encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Dushanbe, capital do Tajiquistão, onde ambos participam numa cimeira regional, e prometeu pagar uma indemnização às pessoas afetadas. O avião de passageiros da Azerbaijan Airlines despenhou-se a 25 de dezembro de 2024 em Aktau, no Cazaquistão, quando fazia a ligação entre Baku e Grozny,...

Bruxelas obriga governo a acabar com os descontos no ISP

 Comissão Europeia recomendou o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos O ministro das Finanças garantiu que o Governo está a trabalhar numa solução para o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), recomendado pela Comissão Europeia, que não encareça os preços dos combustíveis. “Procuraremos momentos de redução dos preços, para poder reverter estes descontos”, afirmou o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que apresentou esta quinta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2026, em Lisboa. O governante apontou que esta questão é colocada pela Comissão Europeia desde 2023, tendo sido “o único reparo” que a instituição fez na avaliação do Programa Orçamental de Médio Prazo, em outubro do ano passado, e numa nova carta recebida em junho, a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP. O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, tinha já admitido "ajusta...