Empresária justifica a decisão com o arresto dos seus bens decretado pelo Tribunal Provincial de Luanda a 30 de dezembro de 2019.
A rede de hipermercados angolana Candando, detida por Isabel dos Santos, vai fechar metade das lojas que atualmente possui no país. A decisão foi confirmada ao jornal angolano Valor Económico pela própria empresária. "Sim, o Candando está a fechar. Não todas as lojas, algumas vão fechar. Só metade das lojas vai continuar. De dois mil trabalhadores só metade permanecerá".
Isabel dos Santos diz que esta medida resulta do arresto que o Tribunal Provincial de Luanda decretou dos seus bens a 30 de dezembro de 2019, entre os quais se encontra o Candando, uma rede que conta com oito supermercados.
"Infelizmente estão a matar as empresas com este arresto. O Candando está a passar grandes dificuldades, pois o arresto do Tribunal de Luanda está a ter um impacto negativo e a afettar a operação da empresa, os danos são grandes, pois não está a permitir ter uma relação normal com os fornecedores. A ordem de arresto mandou congelar as contas bancárias da empresa do Candando em Portugal. Ou seja, já não pode pagar nenhum fornecedor. E mandou bloquear todos os pagamentos no exterior", explicou a empresária ao Valor Económico.
A primeira loja da rede de hipermercados Candando foi inaugurada em Luanda em maio de 2016. Inicialmente, o Candando era um projeto conjunto da Isabel dos Santos com o grupo Sonae mas este acabou por sair em 2015, vendendo à empresária a participação de 47% que detinha na Contidis, a holding que controla estes hipermercados.
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