Avançar para o conteúdo principal

visão sobre-humana dos carros autónomos

Uma visão muito superior à humana vai ajudar os carros autónomos a serem capazes de detetar tudo o que passa em redor da viatura.

Uma startup norte-americana veio ao Web Summit demonstrar um novo radar laser que permite aumentar a distância e resolução das imagens captadas pelos sistemas que controlam os veículos autónomos. Regra geral, os carros autónomos em desenvolvimento, incluindo os veículos da frota Waymo (ex-Google), utilizam um radar LIDAR (Light Detection And Ranging), que cria imagens 3D através de lasers que são emitidos, refletidos pelos objetos e depois captados por sensores instalados no carro. A regra para aumentar a qualidade destas imagens é simples: quanto mais lasers (e respetivos sensores de captura) existirem, mais pormenores vão ser apreendidos. A resolução elevada é importante para detetar objetos mais pequenos e em movimento. Mas o LIDAR tem limitações: devido às propriedades físicas da luz (comprimento de onda), há elementos que refletem melhor a luz que outros e a distância máxima normalmente é de algumas dezenas de metros. Pode parecer muito, mas a velocidades elevadas em autoestrada pode ser demasiado pouco para evitar o acidente.

De acordo com Austin Russel, fundador e CEO da Luminar Technology, os radares LIDAR mais sofisticados utilizam conjunto de 64 lasers para “varrer” o ambiente e têm um alcance de 40 metros. No entanto, como podem custar mais de 100 mil euros cada, «quem desenvolve carros autónomos tem optado por reduzir o número de lasers e, consequentemente, a capacidade do LIDAR – atualmente é comum usar-se sistemas com 16 lasers que resulta numa resolução muito baixa». Russel garante que a Luminar Technology tem a solução, um LIDAR mais económico que os restantes porque apenas utiliza o laser. No entanto, a elevada velocidade de varrimento em conjunto com alterações nas propriedades da luz do laser resultam em imagens com cinquenta vezes mais definição que o habitual, que capturam todo o tipo de objetos e com alcance dez vezes superior à de LIDAR tradicionais.

Apesar de existirem marcas, com destaque para a Tesla, que estão a desenvolver sistemas de condução autónoma sem radares LIDAR, Austin Russel garante que só esta tecnologia vai permitir sistema de condução autónoma realmente seguros: «sistemas com LIDAR de baixa resolução e até mesmo sem este tipo de radar podem resolver 99% dos problemas da condução autónoma, mas o grande desafio está nos outros 0,999%, que podem incluir uma criança que surge repentinamente numa estrada atrás de uma bola ou um pequeno obstáculo».

http://exameinformatica.sapo.pt/lifestyle/carros/2017-11-08-A-tecnologia-que-vai-dar-visao-sobre-humana-aos-carros-autonomos

Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...