Avançar para o conteúdo principal

Centro Ciência Viva de Sintra foi extinto

O Centro Ciência Viva de Sintra foi extinto devido ao "incumprimento das obrigações" por parte da autarquia que levaram ao seu "profundo estado de abandono".

A "falta de diálogo e colaboração" da Câmara de Sintra e de zelo da autarquia pelo "bom funcionamento" do espaço, "património municipal", nomeadamente em termos de "pequenas obras exteriores" e renovação de exposições, foram os incumprimentos invocados à Lusa pela presidente da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, Rosália Vargas.

Centro Ciência Viva de Sintra deu lugar à Oficina de Ciência de Sintra
Refutando o incumprimento de obrigações imputado, o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Sintra, Rui Pereira, alegou que a autarquia financiava o centro sem participar na sua gestão.

"Em 2017, demos o financiamento necessário e a agência [Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica] deu zero cêntimos", acusou.

O Centro Ciência Viva de Sintra tinha como membros associados a Câmara Municipal de Sintra, a Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, que formavam a Associação Centro Ciência Viva de Sintra.

Segundo o autarca Rui Pereira, uma lei de 2012 impedia os municípios de financiarem entidades em que participavam.

A lei foi revogada em 2016, permitindo aos municípios financiarem entidades nas quais têm uma posição dominante em termos de gestão, o que, de acordo com o vereador da Cultura, não acontecia com o Centro Ciência Viva de Sintra. "Propusemos a alteração dos estatutos da associação para que o Centro Ciência Viva tivesse um enquadramento legal, mas não foi aceite", afirmou Rui Pereira.

O Centro Ciência Viva de Sintra, que fazia parte da rede nacional de centros Ciência Viva, deu lugar à Oficina de Ciência de Sintra, com vários membros associados do concelho, incluindo o município. O seu modelo de financiamento está a ser estudado, segundo o autarca.

Ciência Viva denuncia "a dificuldade de diálogo" com a Câmara de Sintra
Nos últimos quatros anos, a direção do Centro Ciência Viva de Sintra mudou três vezes, duas das quais a pedido dos membros, provenientes do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier.

A presidente da Ciência Viva, Rosália Vargas, justificou as demissões com "a dificuldade de diálogo" com a Câmara de Sintra.

Respondendo ao vereador da Cultura do município, Rosalia Vargas advogou que as autarquias "são responsáveis pelo financiamento dos centros" Ciência Viva e que a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica "sempre contribui, na medida das suas possibilidades, para os planos de atividade e orçamento" dos centros Ciência Viva.

A Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica retirou a credenciação "Ciência Viva" ao centro de Sintra depois de uma "avaliação independente" realizada por uma comissão formada por académicos.

"De acordo com os resultados da referida avaliação, a Ciência Viva considerou que se encontravam em causa os pressupostos de qualidade que estiveram na origem da sua adesão ao projeto do Centro Ciência Viva de Sintra", assinala a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica no comunicado.

https://www.jn.pt/local/noticias/lisboa/sintra/interior/extinto-centro-ciencia-viva-de-sintra-8947770.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Largo dos 78.500€

  Políticamente Incorrecto O melhor amigo serve para estas coisas, ter uns trocos no meio dos livros para pagar o café e o pastel de nata na pastelaria da esquina a outros amigos 🎉 Joaquim Moreira É historicamente possível verificar que no seio do PS acontecem repetidas coincidências! Jose Carvalho Isto ... é só o que está á vista ... o resto bem Maior que está escondido só eles sabem. Vergonha de Des/governantes que temos no nosso País !!! Ana Paula E fica tudo em águas de bacalhau (20+) Facebook

Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin

 Em 2010, o criador do Bitcoin antecipou os perigos que a computação quântica poderia trazer para o futuro da criptomoeda e apresentou sugestões para lidar com uma possível quebra do algoritmo de criptografia SHA-256. Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin Um novo avanço no campo da computação quântica deixou a comunidade de criptomoedas em alerta sobre a possibilidade de quebra do algoritmo de criptografia SHA-256 do Bitcoin BTC, comprometendo a integridade das chaves privadas e colocando os fundos dos usuários em risco. Em 9 de dezembro, o Google apresentou ao mundo o Willow, um chip de computação quântica capaz de resolver, em menos de cinco minutos, problemas computacionais insolúveis para os supercomputadores mais avançados em uso nos dias de hoje. Apesar do alarde, Satoshi Nakamoto, o visionário criador do Bitcoin, já antecipara a ameaça quântica e sugerira duas medidas para mitigá-la. Em uma postagem no fórum Bitcoin Talk em junho de 2010, Sa...