Apesar de ser emocionante acompanhar as variações de preços do Bitcoin e de outras criptomoedas, existe outro critério que os usuários e investidores deveriam acompanhar. De acordo com um artigo publicado pelo Quartz, site de notícias norte-americano, a quantidade de poder computacional comprometido com a mineração da moeda digital, também conhecido como hashrate (taxa de processamento), é tão importante quanto o preço.
A rede do Bitcoin, atualmente, adiciona um novo pacote de transações, denominado bloco, a cada 10 minutos, aproximadamente. O tempo exato é determinado por quanto tempo demora para um minerador processar um “bloco” de transações. Esse processo é definido como “nível de dificuldade” da rede da moeda digital. O nível de dificuldade ajusta-se automaticamente para combinar a taxa de processamento para que as transações não demorem muito, porém na rede do BTC a dificuldade somente é ajustada a cada 2.016 blocos, ou aproximadamente a cada duas semanas. Portanto, se a taxa de processamento cair subitamente, o nível de dificuldade pode ser muito alto para a quantidade de energia de processamento da rede. Isso poderia significar atrasos severos na conclusão de transações.
À medida que as transações começam a atrasar, a utilidade da rede é reduzida e os investidores e usuários podem começar a liquidar suas moedas digitais, fazendo com que o preço sofra quedas. Os mineradores, por sua vez, podem começar a focar em outras moedas digitais, afinal com a baixa no preço do Bitcoin a atividade de mineração torna-se menos lucrativa, consequentemente. Esse ciclo poderia continuar, com cada vez mais investidores e mineradores abandonando o Bitcoin, causando atrasos ainda maiores nos tempos de transações e impedindo que um ajuste de dificuldade acontecesse suficientemente rápido para que ele fosse quebrado. “As transações ficariam atrasadas até um ponto em que a moeda digital tornaria-se basicamente inútil“, disse Peter Kim, co-fundador da ferramenta Nitrous.
Você pode estar pensando que esse ciclo de atraso constante parece exagerado, porém é preciso ter atenção, afinal durante o fim-de-semana algo parecido chegou perto de acontecer. A taxa de processamento do Bitcoin caiu 50% ao longo de dois dias, quando os mineradores passaram a focar no Bitcoin Cash ao invés do Bitcoin. Essa queda fez com que o tempo médio para completar uma transação de Bitcoin dobrasse de 10 para 20 minutos em média, de acordo com Jimmy Song, analista de Bitcoin. Isso coincidiu com uma queda de mais de 20% no preço do Bitcoin.
Ironicamente, o Bitcoin foi salvo por uma melhoria no ajuste de dificuldade da rede do BCH. O algoritmo responsável pelo ajuste de dificuldade do BCH causou um aumento no nível de dificuldade, tornando a moeda menos lucrativa para os mineradores. O hard fork foi iniciado em 13 de novembro e nessa data muitos mineradores já haviam transferido seu poder de processamento novamente para o Bitcoin, fazendo com que a moeda digital de Satoshi Nakamoto recuperasse cerca de 20% do poder de processamento que tinha antes da queda, de acordo com informações do Fork.lol, monitor de taxa de processamento.
https://www.criptomoedasfacil.com/por-que-a-taxa-de-poder-computacional-do-bitcoin-e-mais-importante-que-o-preco/
A rede do Bitcoin, atualmente, adiciona um novo pacote de transações, denominado bloco, a cada 10 minutos, aproximadamente. O tempo exato é determinado por quanto tempo demora para um minerador processar um “bloco” de transações. Esse processo é definido como “nível de dificuldade” da rede da moeda digital. O nível de dificuldade ajusta-se automaticamente para combinar a taxa de processamento para que as transações não demorem muito, porém na rede do BTC a dificuldade somente é ajustada a cada 2.016 blocos, ou aproximadamente a cada duas semanas. Portanto, se a taxa de processamento cair subitamente, o nível de dificuldade pode ser muito alto para a quantidade de energia de processamento da rede. Isso poderia significar atrasos severos na conclusão de transações.
À medida que as transações começam a atrasar, a utilidade da rede é reduzida e os investidores e usuários podem começar a liquidar suas moedas digitais, fazendo com que o preço sofra quedas. Os mineradores, por sua vez, podem começar a focar em outras moedas digitais, afinal com a baixa no preço do Bitcoin a atividade de mineração torna-se menos lucrativa, consequentemente. Esse ciclo poderia continuar, com cada vez mais investidores e mineradores abandonando o Bitcoin, causando atrasos ainda maiores nos tempos de transações e impedindo que um ajuste de dificuldade acontecesse suficientemente rápido para que ele fosse quebrado. “As transações ficariam atrasadas até um ponto em que a moeda digital tornaria-se basicamente inútil“, disse Peter Kim, co-fundador da ferramenta Nitrous.
Você pode estar pensando que esse ciclo de atraso constante parece exagerado, porém é preciso ter atenção, afinal durante o fim-de-semana algo parecido chegou perto de acontecer. A taxa de processamento do Bitcoin caiu 50% ao longo de dois dias, quando os mineradores passaram a focar no Bitcoin Cash ao invés do Bitcoin. Essa queda fez com que o tempo médio para completar uma transação de Bitcoin dobrasse de 10 para 20 minutos em média, de acordo com Jimmy Song, analista de Bitcoin. Isso coincidiu com uma queda de mais de 20% no preço do Bitcoin.
Ironicamente, o Bitcoin foi salvo por uma melhoria no ajuste de dificuldade da rede do BCH. O algoritmo responsável pelo ajuste de dificuldade do BCH causou um aumento no nível de dificuldade, tornando a moeda menos lucrativa para os mineradores. O hard fork foi iniciado em 13 de novembro e nessa data muitos mineradores já haviam transferido seu poder de processamento novamente para o Bitcoin, fazendo com que a moeda digital de Satoshi Nakamoto recuperasse cerca de 20% do poder de processamento que tinha antes da queda, de acordo com informações do Fork.lol, monitor de taxa de processamento.
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