Avançar para o conteúdo principal

Matosinhos quer lançar "carro-drone" em 2022

O Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (CEiiA), sediado em Matosinhos, quer lançar um "carro-drone" em 2022, um projeto de "dez anos” e que cruza “o setor automóvel, aeronáutico e sistemas inteligentes de mobilidade", foi hoje anunciado.

O "Flow.me" - nome do projeto - vai ser testado inicialmente em "processos logísticos em zonas industriais, para no futuro poder estar associado ao transporte de pessoas, serviços de 'sharing' e 'on-demand' nas cidades", indica o CEiiA em comunicado.

"Sempre que pensamos num carro, imaginamos um veículo único, que incorpora um habitáculo, onde estão os passageiros, e um conjunto de sistemas - motor, eixos, rodas - que permitem ao veículo deslocar-se pela estrada. O que fizemos foi desconstruir este conceito, distinguindo e separando o habitáculo do sistema de locomoção", explica Helena Silva, diretora-executiva do CEiiA, citada no documento.

Esse habitáculo terá cerca de três metros, capacidade de carga até 500 quilos e é configurável no número de passageiros, que pode ir dos dois até aos quatro, usando um sistema aéreo de aproximadamente seis metros e com autonomia para três a seis horas, sendo o carro elétrico, com autonomia para 200 quilómetros.

"Com o Flow.me podemos ter um sistema de locomoção rodoviário - com rodas - e um sistema aéreo - um drone - que são acoplados a um mesmo habitáculo em diferentes momentos", indica a responsável do centro de excelência com sede em Matosinhos, distrito do Porto.

Segundo o CEiiA, o "drone é acoplado ao veículo, permitindo a sua descolagem e voo em áreas reservadas para o efeito", estando o veículo conectado "em tempo real com uma plataforma de gestão de mobilidade concebida pelo CEiiA, para que possa vir a ser integrado de forma eficaz com outras formas de transporte de uma cidade".

"Hoje é possível combinar todas estas competências adquiridas no automóvel, na aeronáutica e nos sistemas inteligentes e abraçar o desafio de criar um novo produto de mobilidade. Com o Flow.me estamos a dar uma nova dimensão à mobilidade através da integração do transporte horizontal com o vertical", explica Helena Silva.

O projeto contou com um investimento global estimado em 18 milhões de euros, estando a ser desenvolvido por um consórcio entre o CEiiA, entidades brasileiras e empresas portuguesas dos sectores.

Está prevista uma fase de testes com um protótipo inicial para a primeira metade de 2019.

http://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/centro-de-inovacao-automovel-de-matosinhos-quer-lancar-carro-drone-em-2022

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...