Avançar para o conteúdo principal

Governo tem desde 2015 ‘software’ para controlar SIRESP – mas Proteção Civil nunca o recebeu

O TRACES, sistema de vigilância do SIRESP, custou 200 mil euros. Governo tem as duas licenças desde 2015 mas, apesar dos pedidos formais em agosto, não as entregou - e o software nunca foi usado.

Em maio de 2015 o Governo de Passos Coelho comprou à Motorola o software TRACES, um sistema de vigilância em tempo real do SIRESP. Custo: 200 mil euros. Sete meses depois, então com António Costa como primeiro-ministro, o Traces foi entregue ao Estado. O software continha duas licenças de utilização: uma a ser entregue à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e outra à Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (MAI).

Ambas as licenças continuam na posse da Administração Interna – e o software, por isso, nunca foi usado. Isto apesar do recente ofício (foi enviado a 11 de agosto, antes mesmo do maior dia de incêndios do ano: 15 de outubro) da Proteção Civil onde o ex-presidente da ANPC, Joaquim Leitão, solicitava ao então secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, a licença de utilização que Proteção Civil nunca recebeu. Tal não foi entregue pelo MAI. A notícia é do jornal Público desta terça-feira.

Ao Público, Joaquim Leitão explica que a utilização deste software “habilitaria o comandante das operações de socorro de qualquer teatro de operações a ter informação fidedigna acerca da cobertura da rede SIRESP”. O mesmo é dizer que o centro de operações seria instalado num local com rede. Algo que nem sempre aconteceu em Pedrogão Grande — e esta é uma das críticas à atuação do SIRESP que se pode ler no relatório dos técnicos independentes sobre o grande incêndio de junho.

No ofício enviado ao MAI, um ofício a que o Público teve acesso, Joaquim Leitão sustenta o pedido dizendo que há “decisões operacionais que têm de ser em cada um dos momentos sustentadas tecnicamente”.

Em comunicado divulgado na manhã desta terça-feira, o Ministério da Administração Interna recusa que o software tenha a funcionalidade que o ex-presidente da ANPC lhe atribui. “Destina-se ao planeamento de médio prazo e não de curto prazo ou em tempo real, pelo que não se destina a gerir as necessidades operacionais de meios em teatros de operações”, começo por esclarecer o MAI. E prossegue: “Esta aplicação permite produzir melhores mapas de cobertura, a partir da informação real do terreno e sinalizar zonas com necessidade de atuação no planeamento rádio pela operadora. Não dá informação em tempo real de ocupação da rede e não permite a gestão de grupos de conversação em uso em teatros de operação de fogos florestais.”

http://observador.pt/2017/11/07/governo-tem-desde-2015-software-para-controlar-siresp-mas-protecao-civil-nunca-o-recebeu/

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Largo dos 78.500€

  Políticamente Incorrecto O melhor amigo serve para estas coisas, ter uns trocos no meio dos livros para pagar o café e o pastel de nata na pastelaria da esquina a outros amigos 🎉 Joaquim Moreira É historicamente possível verificar que no seio do PS acontecem repetidas coincidências! Jose Carvalho Isto ... é só o que está á vista ... o resto bem Maior que está escondido só eles sabem. Vergonha de Des/governantes que temos no nosso País !!! Ana Paula E fica tudo em águas de bacalhau (20+) Facebook