Cientistas chineses criaram porcos com menos gordura através de novas técnicas de engenharia genética.
Num artigo publicado nesta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o grupo de cientistas relata que criou 12 porcos saudáveis com cerca de 24% menos gordura corporal do que porcos normais.
De acordo com os cientistas, criaram os porcos fitness na esperança de proporcionar aos criadores animais menos caros de se criar e que sofram menos com o frio. “Este é um grande problema para a indústria de suínos”, diz Jianguo Zhao, do Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências de Pequim, que liderou a pesquisa.
Os animais têm menos gordura corporal porque têm um gene que permite regular melhor as temperaturas corporais e assim queimar gordura. Isso poderia levar os agricultores a economizarem milhões de dólares em custos de aquecimento e alimentação, além de evitar que milhões de porcos sofram e morram por causa do frio.
“Podem manter a temperatura do corpo muito melhor, o que significa que poderiam sobreviver melhor ao clima frio”, disse Zhao numa entrevista. Outros cientistas dizem que este é um avanço significativo.
“Este é um documento tecnologicamente importante. Isso demonstra uma maneira de melhorar o bem-estar dos animais ao mesmo tempo que também melhora o produto desses animais – a carne”, diz R. Michael Roberts, professor do departamento de ciências animais da Universidade do Missouri, nos EUA, que editou o artigo para a revista científica.
Outros cientistas dizem que esperam que o gado geneticamente modificado acabe por se tornar mais aceitável tanto para os reguladores como para o público. “A população mundial deverá chegar a cerca de 10 mil milhões em 2050, e temos de usar abordagens genéticas modernas para nos ajudar a alimentar essa população em crescimento”, diz Chris Davies, professor associado na escola de Medicina Veterinária na Utah State University, também nos EUA.
Zhao diz que duvida que a modificação genética afete o sabor da carne dos porcos. “Uma vez que a raça de porcos que usamos neste estudo é famosa pela qualidade da carne, assumimos que as modificações genéticas não afetarão o sabor da carne“, acredita.
Os cientistas chineses criaram os animais usando uma nova técnica de edição de genes conhecida como CRISPR-Cas9. A técnica permite que os cientistas façam mudanças no ADN de forma muito mais fácil e precisa do que nunca.
Os porcos normais não possuem o gene UCP1, que a maioria dos outros mamíferos tem. O gene ajuda os animais a regular as temperaturas corporais em climas frios. Os cientistas colocaram uma versão do gene de ratos nas células de porco e usaram essas células para criar mais de 2.553 embriões de porco clonados.
Depois, os cientistas implantaram os embriões de porco clonados geneticamente modificados em 13 porcos fêmeas. Três das fêmeas ficaram grávidas, produzindo 12 leitões machos, informaram os cientistas.
Os animais foram abatidos quando tinham seis meses de idade para que os cientistas pudessem analisar os corpos. Zhao disse que os animais pareciam perfeitamente saudáveis e normais e pelo menos um macho acasalou, produzindo leitões também saudáveis, informou.
https://zap.aeiou.pt/cientistas-criam-porcos-geneticamente-modificados-menos-gordura-178333
Num artigo publicado nesta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o grupo de cientistas relata que criou 12 porcos saudáveis com cerca de 24% menos gordura corporal do que porcos normais.
De acordo com os cientistas, criaram os porcos fitness na esperança de proporcionar aos criadores animais menos caros de se criar e que sofram menos com o frio. “Este é um grande problema para a indústria de suínos”, diz Jianguo Zhao, do Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências de Pequim, que liderou a pesquisa.
Os animais têm menos gordura corporal porque têm um gene que permite regular melhor as temperaturas corporais e assim queimar gordura. Isso poderia levar os agricultores a economizarem milhões de dólares em custos de aquecimento e alimentação, além de evitar que milhões de porcos sofram e morram por causa do frio.
“Podem manter a temperatura do corpo muito melhor, o que significa que poderiam sobreviver melhor ao clima frio”, disse Zhao numa entrevista. Outros cientistas dizem que este é um avanço significativo.
“Este é um documento tecnologicamente importante. Isso demonstra uma maneira de melhorar o bem-estar dos animais ao mesmo tempo que também melhora o produto desses animais – a carne”, diz R. Michael Roberts, professor do departamento de ciências animais da Universidade do Missouri, nos EUA, que editou o artigo para a revista científica.
Outros cientistas dizem que esperam que o gado geneticamente modificado acabe por se tornar mais aceitável tanto para os reguladores como para o público. “A população mundial deverá chegar a cerca de 10 mil milhões em 2050, e temos de usar abordagens genéticas modernas para nos ajudar a alimentar essa população em crescimento”, diz Chris Davies, professor associado na escola de Medicina Veterinária na Utah State University, também nos EUA.
Zhao diz que duvida que a modificação genética afete o sabor da carne dos porcos. “Uma vez que a raça de porcos que usamos neste estudo é famosa pela qualidade da carne, assumimos que as modificações genéticas não afetarão o sabor da carne“, acredita.
Os cientistas chineses criaram os animais usando uma nova técnica de edição de genes conhecida como CRISPR-Cas9. A técnica permite que os cientistas façam mudanças no ADN de forma muito mais fácil e precisa do que nunca.
Os porcos normais não possuem o gene UCP1, que a maioria dos outros mamíferos tem. O gene ajuda os animais a regular as temperaturas corporais em climas frios. Os cientistas colocaram uma versão do gene de ratos nas células de porco e usaram essas células para criar mais de 2.553 embriões de porco clonados.
Depois, os cientistas implantaram os embriões de porco clonados geneticamente modificados em 13 porcos fêmeas. Três das fêmeas ficaram grávidas, produzindo 12 leitões machos, informaram os cientistas.
Os animais foram abatidos quando tinham seis meses de idade para que os cientistas pudessem analisar os corpos. Zhao disse que os animais pareciam perfeitamente saudáveis e normais e pelo menos um macho acasalou, produzindo leitões também saudáveis, informou.
https://zap.aeiou.pt/cientistas-criam-porcos-geneticamente-modificados-menos-gordura-178333
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