Avançar para o conteúdo principal

Até a NASA ficou surpreendida com a origem das auroras de Júpiter

Cientistas acreditavam que as enormes auroras nos Polos de Júpiter teriam a mesma natureza do que as terrestres. No entanto, recentes investigações indicam que as coisas não são bem assim.

Um grupo de astrónomos, liderados por Barry Mauk, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, analisou dados recentemente recolhidos pelo detetor de partículas energéticas a bordo da sonda Juno.

Esta missão, lançada pela NASA em 2011, já trouxe resultados bastante impressionantes mostrando a super-tempestade em Júpiter.

Os novos dados indicam que as linhas magnéticas do maior planeta do Sistema Solar são capazes de acelerar os eletrões na sua atmosfera, fazendo com que seja produzida uma carga de energia de 400 mil elétrão-volts, muitíssimo mais do que no nosso planeta.

No entanto, este não é o único detalhe que apanhou os cientistas de surpresa.

“Em Júpiter, as auroras mais brilhantes são causadas por algum tipo de fenómeno de aceleração turbulenta que ainda não entendemos muito bem”, explicou Mauk à Nature.

O cientista indica que “à medida que a densidade de energia da produção das auroras se torna mais forte, o processo fica instável e um novo fenómeno de aceleração se impõe”.

Júpiter é um verdadeiro laboratório de física, onde investigadores podem observar fenómenos naturais extremos. Por exemplo, sabemos que este gigante gasoso está rodeado por um cinturão de radiação tão forte que é capaz de reduzir a capacidade das naves espaciais.

Atualmente, os astrónomos consideram que a capacidade de Júpiter de acelerar partículas energéticas até altas velocidades pode ajudar a entender como funcionam outros tipos de corpos celestes.

https://zap.aeiou.pt/ate-nasa-ficou-surpreendida-origem-das-auroras-jupiter-173404

Comentários

Notícias mais vistas:

Putin admite que defesas aéreas russas abateram avião da Azerbaijan Airlines em 2024

    Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, 25 de dezembro de 2024  -    Direitos de autor    AP Photo Direitos de autor AP Photo O avião de passageiros da Azerbaijan Airlines despenhou-se em Aktau, a 25 de dezembro de 2024, durante um voo de Baku para Grozny. PUBLICIDADE O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu na quinta-feira que as defesas aéreas da Rússia foram responsáveis pelo abate de um avião de passageiros do Azerbaijão em dezembro, que matou 38 pessoas, na sua primeira admissão pública de culpa pelo acidente. Putin fez a declaração durante um encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Dushanbe, capital do Tajiquistão, onde ambos participam numa cimeira regional, e prometeu pagar uma indemnização às pessoas afetadas. O avião de passageiros da Azerbaijan Airlines despenhou-se a 25 de dezembro de 2024 em Aktau, no Cazaquistão, quando fazia a ligação entre Baku e Grozny,...

Rússia lança maior ataque desde o início da guerra contra fronteira com Polónia

 A Rússia lançou hoje o maior ataque, desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022, contra a região de Lviv, que faz fronteira com a Polónia. Mais de 110.000 consumidores ficaram sem energia na Ucrânia, cerca de 70.000 dos quais em Zaporijia. "Esta noite, o inimigo realizou o principal ataque contra a região de Lviv desde o inicio da invasão", relatou o chefe da Administração Militar Regional da Ucrânia, Maksim Kozitskí, na sua conta no Telegram. Cerca de 140 drones e 23 mísseis foram direcionados Lviv. As defesas antiaéreas ucranianas destruíram 478 drones e mísseis russos direcionados à Ucrânia, segundo o último boletim. O bombardeamento obrigou a Polónia e os seus aliados da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a ativarem o seu alerta máximo e os sistemas de defesa e de reconhecimento. Em Lapaivka, perto da cidade de Lviv, uma família de quatro pessoas morreu na sequência de um dos bombardeamentos. O presidente da Câmara de Lviv, Andry Sadovi, disse que mais de...

A sua pasta de dentes pode estar a sabotar os seus antibióticos

Os corredores dos supermercados estão abastecidos com produtos que prometes matar bactérias. No entanto, uma nova investigação revelou que uma substância química, que deveria matar bactérias, torna-as mais fortes e capazes de sobreviver ao tratamento com antibióticos. A sua pasta de dentes ou o seu spray corporal podem estar, inadvertidamente, a sabotar o seu tratamento com antibiótico. Uma nova pesquisa descobriu que um ingrediente antimicrobiano doméstico comum – o triclosan – reduz em 100 vezes a potência dos antibióticos usados no tratamento de infeções do trato urinário, pelo menos em cobaias. O triclosan é um produto químico muito presente no nosso dia-a-dia, desde produtos de higiene pessoal até a produtos de limpeza doméstica. Tradicionalmente, tem sido anunciado como uma forma fácil e rápida de matar bactérias e fungos, sem causar danos aos seres humanos. Mas não é bem assim. Segundo a Gizmodo, no ano passado, a FDA (Food and Drug Administration) proibiu o uso de triclos...