A Uber quer começar a testar em 2020 um serviço de transporte com veículos voadores tripulados na mais congestionada cidade do mundo. O serviço terá um custo comparável ao do UberX
Los Angeles, 2020. Poderia ser o começo de um guião futurista – não fosse 2020 estar ao virar da esquina. E os primeiros carros voadores também. Correção: a probabilidade de encontrar um carro voador ao virar da esquina será sempre reduzida. Mas a fazer ligações aéreas entre o Aeroporto Internacional e o centro daquela que é provavelmente «a cidade mais congestionada do mundo» ou as praias de Santa Monica já será uma probabilidade a ter em conta. Até porque a Uber está apostada em fazê-lo. Promessa de Jeff Holden, diretor de produto da Uber, que apimentou a primeira apresentação do palco principal da Web Summit esta quarta-feira, com um misto de futurismo e nostalgia: «afinal, o Blade Runner rodado nos anos 1980 apenas errou por um ano (na previsão dos carros voadores). O que é fantástico».
Los Angeles não foi escolhida ao acaso para servir de cenário aos primeiros serviços de UberAir. Holden lembrou que se trata da metrópole mais congestionada do mundo – e tratou de comprovar o que acontece com uma foto capaz de arrepiar qualquer condutor domingueiro, com múltiplas e intermináveis filas numa noite de jogo de basebol. Mas esse é apenas o ponto de partida. Ou de descolagem.
Com o UberAir há a intenção de fazer o shortcut que falta – mas pelos ares – e com um preço que deverá ser comparável ao de um serviço com UberX. O telemóvel continuará a ter um papel essencial para a reserva da viagem, mas tudo o resto será diferente: o percurso descongestionado, o tempo de viagem de 10 minutos num percurso que costuma demorar hora e meia, e o conforto e as vistas desafogadas farão o resto.
O meio de transporte também será incomparável com um carro convencional: terá seis hélices, duas delas de maiores dimensões e colocadas em cada asa, para descolar e aterrar na vertical, como os helicópteros. Uma vez em “modo avião”, as duas maiores hélices deste Uber voador deverão mudar de posição, para garantir a deslocação necessária na horizontal. O veículo deverá ser totalmente elétrico. Jeff Holden reiterou a intenção de respeitar o ambiente – e também as comunidades que continuam com uma imagem negativa dos helicópteros devido ao barulho que produzem. Para garantir a robustez tecnológica necessária para veículos que se deslocam a velocidades que oscilam entre 200 e 300 Km/h, a Uber pretende desenvolver um sistema de baterias, que permitirá carregamentos em poucos minutos, enquanto passageiros entram ou saem, e evitará a necessidade de trocar baterias a cada aterragem.
Jeff Holden fez ainda duas promessas: os futuros veículos voadores será 10 vezes mais eficientes que os helicópteros; e o novo serviço também deverá seguir a lógica da partilha de viagens que está na origem da empresa.
A brasileira Embraer já fez saber da intenção de investir no projeto – mas não é o único parceiro com poderio arregimentado pela Uber na conquista dos céus. Jeff Holden recorda que os carros voadores implicam uma reestruturação do espaço aéreo. E para trabalhar essa área a Uber acaba de selar um acordo com a NASA com vista ao desenvolvimento de tecnologia que permite gerir o tráfego aéreo de baixa altitude.
http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2017-11-08-Uber-Los-Angeles-com-carros-voadores-em-2020
Los Angeles, 2020. Poderia ser o começo de um guião futurista – não fosse 2020 estar ao virar da esquina. E os primeiros carros voadores também. Correção: a probabilidade de encontrar um carro voador ao virar da esquina será sempre reduzida. Mas a fazer ligações aéreas entre o Aeroporto Internacional e o centro daquela que é provavelmente «a cidade mais congestionada do mundo» ou as praias de Santa Monica já será uma probabilidade a ter em conta. Até porque a Uber está apostada em fazê-lo. Promessa de Jeff Holden, diretor de produto da Uber, que apimentou a primeira apresentação do palco principal da Web Summit esta quarta-feira, com um misto de futurismo e nostalgia: «afinal, o Blade Runner rodado nos anos 1980 apenas errou por um ano (na previsão dos carros voadores). O que é fantástico».
Los Angeles não foi escolhida ao acaso para servir de cenário aos primeiros serviços de UberAir. Holden lembrou que se trata da metrópole mais congestionada do mundo – e tratou de comprovar o que acontece com uma foto capaz de arrepiar qualquer condutor domingueiro, com múltiplas e intermináveis filas numa noite de jogo de basebol. Mas esse é apenas o ponto de partida. Ou de descolagem.
Com o UberAir há a intenção de fazer o shortcut que falta – mas pelos ares – e com um preço que deverá ser comparável ao de um serviço com UberX. O telemóvel continuará a ter um papel essencial para a reserva da viagem, mas tudo o resto será diferente: o percurso descongestionado, o tempo de viagem de 10 minutos num percurso que costuma demorar hora e meia, e o conforto e as vistas desafogadas farão o resto.
O meio de transporte também será incomparável com um carro convencional: terá seis hélices, duas delas de maiores dimensões e colocadas em cada asa, para descolar e aterrar na vertical, como os helicópteros. Uma vez em “modo avião”, as duas maiores hélices deste Uber voador deverão mudar de posição, para garantir a deslocação necessária na horizontal. O veículo deverá ser totalmente elétrico. Jeff Holden reiterou a intenção de respeitar o ambiente – e também as comunidades que continuam com uma imagem negativa dos helicópteros devido ao barulho que produzem. Para garantir a robustez tecnológica necessária para veículos que se deslocam a velocidades que oscilam entre 200 e 300 Km/h, a Uber pretende desenvolver um sistema de baterias, que permitirá carregamentos em poucos minutos, enquanto passageiros entram ou saem, e evitará a necessidade de trocar baterias a cada aterragem.
Jeff Holden fez ainda duas promessas: os futuros veículos voadores será 10 vezes mais eficientes que os helicópteros; e o novo serviço também deverá seguir a lógica da partilha de viagens que está na origem da empresa.
A brasileira Embraer já fez saber da intenção de investir no projeto – mas não é o único parceiro com poderio arregimentado pela Uber na conquista dos céus. Jeff Holden recorda que os carros voadores implicam uma reestruturação do espaço aéreo. E para trabalhar essa área a Uber acaba de selar um acordo com a NASA com vista ao desenvolvimento de tecnologia que permite gerir o tráfego aéreo de baixa altitude.
http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2017-11-08-Uber-Los-Angeles-com-carros-voadores-em-2020
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