Avançar para o conteúdo principal

Governo venezuelano denuncia plano de Guaidó para "entregar" zona reclamada pela Guiana



O governo venezolano denunciou nesta quinta-feira um suposto plano do líder da oposição Juan Guaidó, apoiado pelos Estados Unidos, para “entregar” a empresas multinacionais um território rico em recursos minerais cuja posse Caracas disputa com a Guiana.

“Sabemos que essa organização criminosa, sob a fachada política, pretende fazer que a Venezuela renuncie ao nosso território, renuncie à nossa soberania”, disse a vice-presidente Delcy Rodríguez em um discurso no canal estatal VTV.

Essa “organização criminosa” seria chefiada por Guaidó e estaria “a serviço de empresas multinacionais e do governo dos Estados Unidos, que pretendem impor seu projeto imperial”, afirmou Rodriguez.

Para respaldar a acusação, a vice-presidente revelou uma mensagem de voz enviada para um “assessor externo” de Guaidó que seria de uma pessoa que identificou como funcionária do governo americano.

Na mensagem, segundo Rodriguez, a suposta funcionária pede “que (Guaidó) mude a posição da Venezuela (…) para entregar o (território disputado) Esequibo (…) à ExxonMobil e outras empresas multinacionais”.

Sentada ao lado do ministro da Defesa, Vladimir Padrino, a vice-presidente pediu à Procuradoria “para agir contra os membros desta organização criminosa internacional” e determinar “as responsabilidades e sanções aos envolvidos”.

O Esequibo é um território rico em minerais e uma zona marítima com recursos petrolíferos cuja soberania a Venezuela reivindica da Guiana, questionando uma sentença arbitral emitida em Paris no final do século XIX que concedeu a área à então colônia britânica.

Caracas, que reivindica um acordo de 1966 assinado com o Reino Unido que estabeleceu uma solução negociada, nunca reconheceu esse limite e o conflito voltou a esquentar em 2015, quando foi descoberto petróleo na região.

https://istoe.com.br/governo-venezuelano-denuncia-plano-de-guaido-para-entregar-zona-reclamada-pela-guiana/

Comentários

  1. Caso esta acusação tenha algum fundo de verdade então os venezuelanos deviam ficar satisfeito por a Exxon e outras empresas privadas reconhecerem a Venezuela como dona desse território.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...