Avançar para o conteúdo principal

Ladrões usam vídeos deepfake para roubar empresas

Uma empresa britânica do setor da energia foi vítima de um esquema ardiloso com um vídeo deepfake usado para convencer o diretor executivo a transferir 200 mil euros para uma conta detida pelos ladrões

O CEO de uma empresa britânica recebeu uma chamada mantida por um software que imitou a voz, o tom, a pontuação e o sotaque do seu superior com instruções para transferir 200 mil euros para um fornecedor na Hungria. O software usado pelos ladrões conseguiu replicar a voz de uma forma bastante semelhante ao real, convencendo mesmo o executivo a fazer a transferência na hora seguinte. Depois de uma segunda chamada por parte dos ladrões a insistir, o CEO terá decidido contactar o superior com um método alternativo e descobriu que estava a falar com a “mesma” pessoa através de dois canais: o real, através da sua chamada, e o falso, criado pelos ladrões, no canal original.

O esquema é contado pela seguradora Euler Hermes Group ao The Wall Street Journal, que recusou identificar a empresa britânica e o grupo a que pertence. O dinheiro, esse já desapareceu, tendo sido movimentado por contas em bancos húngaros e mexicanos e espalhado pelo mundo.

O Washington Post adianta que esta pode não ter sido a primeira vez que este tipo de esquemas é praticado: a Symantec analisou três casos onde vídeos deepfake foram usados para enganar as vítimas e levá-las a transferir fundos para contas fraudulentas. Um destes casos terá resultado em perdas de milhões de dólares.

As grandes tecnológicas não assumem abertamente estar a trabalhar em software capaz de criar vídeos deepfake, mas sabe-se que há vários projetos para criar áudio que imite as vozes de pessoas. Recorde-se o projeto Duplex da Google, que pretende usar IA para replicar a voz de um humano e manter chamadas telefónicas dessa forma. Também há várias startups, principalmente baseadas na China, que oferecem serviços similares gratuitamente em smartphones.

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2019-09-06-Ladroes-usam-videos-deepfake-para-roubar-empresas

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...