Avançar para o conteúdo principal

Governo nomeia militante envolvido na falsificação de fichas do PS para administrador

Um dos novos administradores que o Governo nomeou para o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro, antigo Hospital Rovisco Pais, António João Paredes, é um militante socialista que esteve envolvido no processo de fichas falsas do PS de Coimbra, denunciado em 2012 por Cristina Martins, na altura secretária coordenadora da secção da Sé Nova do partido.

João Paredes, arguido no processo de falsificação de documentos, num total de 57 fichas de inscrição no PS com o objectivo de beneficiar o candidato Pedro Coimbra (hoje deputado), que concorria à liderança do PS de Coimbra contra Mário Ruivo, não chegou a ir a julgamento. Em 2016, o Ministério Público determinou a suspensão provisória do processo de fichas falsas de militantes do PS, apesar de ter concluído que 18 militantes terão cometido o crime de falsificação.

As partes envolvidas no processo – Ministério Público, arguidos e a assistente (a militante que denunciou o caso) – acordaram a suspensão do processo, aprovada pelo Tribunal de Instrução de Coimbra, em Fevereiro de 2016. Os 18 arguidos não foram a julgamento, mas ficaram obrigados ao pagamento de quantias a associações e instituições ou ao cumprimento de trabalho comunitário.

Militante do PS na Figueira da Foz e dirigente da distrital do PS de Coimbra, o novo administrador do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro é formado em Ciências Sociais e tem uma pós graduação em Gestão de Saúde. A trabalhar actualmente na Associação de Informática da Região Centro (associação que produz software para a administração local), João Paredes diz que o convite para a administração do antigo Hospital Rovisco Pais é um regresso à saúde, uma área que conhece bem. João Paredes foi assessor de Manuel Pizarro quando este foi secretário de Estado-adjunto da Saúde.

A nomeação da nova administração do Centro de Medicina de Reabilitação, presidida pela médica fisiatra Margarida Sizenando Cunha, aconteceu dois dias antes de o Tribunal de Coimbra ter condenado dois antigos dirigentes do PS de Penela, Renato França (ex-presidente da concelhia de Penela) e Rui Horta (antigo secretário coordenador), que estavam acusados de falsificação e contrafacção de documentos na forma continuada.

O tribunal condenou cada um dos arguidos a pagar 2500 euros. A acusação estendia-se às eleições de 2013, em que António José Seguro derrotou Aires Pedro na corrida para o cargo de secretário-geral do PS. Segundo o Ministério Público, os arguidos introduziram nas urnas boletins desses militantes e forjaram a sua assinatura nos cadernos eleitorais.

https://www.publico.pt/2018/07/17/politica/noticia/governo-nomeia-militante-envolvido-na-falsificacao-de-fichas-do-ps-para-administrador-1838145

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Porque é que os links são normalmente azuis?

WWW concept with hand pressing a button on blurred abstract background Se navega na Internet todos os dias já reparou certamente numa constante: as hiperligações são quase sempre azuis. Este pequeno detalhe é tão comum que poucos param para pensar na sua origem. Mas porquê azul? Porquê não vermelho, verde ou laranja? A resposta remonta aos anos 80, e envolve investigação científica, design de interfaces e… um professor com uma ideia brilhante. Vamos então explicar-lhe qual a razão pela qual os links são normalmente azuis. Porque é que os links são normalmente azuis? Antes da Web, tudo era texto Nos primórdios da Internet, muito antes do aparecimento dos browsers modernos, tudo se resumia a menus de texto longos e difíceis de navegar. Era necessário percorrer intermináveis listas de ficheiros para chegar à informação pretendida. Até que, em 1985, Ben Shneiderman, professor da Universidade de Maryland, e o seu aluno Dan Ostroff, apresentaram uma ideia revolucionária: menus embutidos, que...

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...