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A Grande Pirâmide de Gizé pode focar energia eletromagnética nas suas câmaras

Um estudo recente de uma equipa de físicos permitiu concluir que a Grande Pirâmide de Gizé, no Egipto, pode concentrar energia eletromagnética nas suas câmaras internas e sob a sua base.

Este enorme “aranha-céu”, construído sem computadores ou máquinas complexas, têm fascinado historiadores e arqueólogos durante séculos. Agora, com a recente pesquisa, pode trazer mais uma surpresa: concentração de energia eletromagnética.

Uma equipa de físicos alemães e russos estudava as propriedades da Grande Pirâmide, quando descobriu que a construção pode focar energia eletromagnética dentro das suas câmaras ocultas, direcionando as ondas eletromagnéticas para o seu inferior, na base da pirâmide.

Construída no planalto de Gizé, no terceiro milénio antes de Cristo, pelo faraó Quéops, a Grande Pirâmide tem 138,8 metros de altura e é uma das maiores e mais altas estruturas construída pelo homem.


No decorrer dos últimos dois séculos, cientistas descobriram quatro câmaras na Grande Pirâmide. Numa delas, especula-se que existam os restos mumificados do próprio faraó Quéops; na segunda, estarão os restos mortais da sua esposa; a terceira será uma armadilha para invasores do túmulo e, por fim, a quarta foi descoberta pelos físicos.

Nos corredores que conduziam à Câmara do Faraó, havia estranhos canais e estruturas que os cientistas modernos consideram ser elementos de um antigo “sistema de segurança”, que protegia o soberano contra os possíveis profanadores.

Segundo explica Andrei Yevlyukhin, coordenador da pesquisa da Universidade de São Petersburgo de Tecnologia da Informação, Mecânica e Ótica, a Pirâmide de Quéops e as suas “primas” reúnem todo o tipo de propriedades “mágicas” – incluindo a capacidade de “concentrar energia cósmica” e outros fenómenos não científicos.

De acordo com os cientistas, que publicaram a pesquisa no Journal of Applied Physics no passado dia 20 de julho, a Grande Pirâmide, assim como outras construções feitas pelo Homem, poderá atuar como um ressonador, focalizando e amplificando ondas proporcionais ao tamanho dos próprios objetos.

Na física, entende-se como um ressonador um dispositivo que replica uma ressonância ou um comportamento ressonante. Ou seja, um dispositivo que oscila naturalmente a determinadas frequências – as ressonâncias -, com maiores ou menores amplitudes.

No caso em particular da pirâmide de Gizé, os cientistas examinavam ondas com comprimento de onda entre 200 a 600 metros – o valor que muitas estações de rádio utilizam.

Através de um modelo computorizado da Grande Pirâmide, os cientistas bombardearam a construção com ondas de rádio para avaliar como interagiam com a totalidade da pirâmide e com os seus elementos em particular.

De acordo com os cálculos dos físicos, a pirâmide interage com estas ondas de rádio, acumulando a sua energia dentro da Câmara do Faraó, redirecionando-a depois para a camada inferior, onde está localizada a 3.ª câmara. Esta interação afeta sobretudo as ondas com um comprimento de onda de 230 a 333 metros.

Os investigadores acreditam que a Grande Pirâmide e as suas “primas” podem ainda interagir mais intensamente com outros tipos de ondas, – ideia que precisa ainda de verificação.

Aplicações práticas, nanopartículas
Os egípcios estariam longe de pensar que esta peculiaridade no design fosse capaz de interagir com ondas eletromagnéticas mas, na verdade, esta pesquisa pode ser importante para o estudo de nano-partículas no futuro.

“As aplicações de métodos físicos modernos e as abordagens para a investigação das propriedades das pirâmides são importantes e produtivas“, consideraram os físicos.

Embora esta pesquisa seja totalmente teórica e, por isso, seja difícil saber o que esperar, os cientistas esperam criar um efeito semelhante em nanoescala.

“Escolhendo um material com propriedades eletromagnéticas adequadas, podemos obter nanopartículas piramidais com aplicação prática em nanossensores e células solares efetivas”, explica Polina Kapitainova, física da ITMO University, ao Science Alert.

Os segredos desta estrutura secular podem assim, por exemplo, ser usados para criar nanopartículas que focalizam a luz, e não as ondas de rádio, permitindo desenvolver computadores leves e outros “aparelhos do futuro”.

“A radiação eletromagnética tem um papel muito importante no nosso quotidiano, e na realidade usamos vários tipos de energia eletromagnética todos os dias”, explica a investigadora Antonija Grubisic-Cabo, da Monash University, na Austrália.

Com efeito, as nossas próprias casas estão inundadas de radiação eletromagnética – seja a luz que vemos, ou a rede wi-fi que lhe permite estar a ler este artigo – que, todos nós sabemos, tem o péssimo hábito de evitar chegar a alguns dos cantos da casa.

Assim, talvez devêssemos pensar em construir as nossas casas com os telhados em bico.

https://zap.aeiou.pt/grande-piramide-gize-pode-ter-energia-eletromagnetica-212731

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