Avançar para o conteúdo principal

7 dicas para começar a poupar já

O dinheiro não chega ao fim do mês?
Vou dar-lhe esta semana 7 dicas (uma por dia, de Segunda a Domingo) que considero as mais úteis e urgentes para quem quiser colocar a sua vida financeira em ordem. Aplicam-se a quem ganha 500 € e a quem ganha 5.000 €.

Veja se se reconhece neste cenário: Tenho trabalho, um salário. Pago renda de casa ou empréstimo ao banco. Tenho carro. Como não tinha o suficiente para o comprar a pronto, pedi emprestado. Estou a pagá-lo. Combustíveis. Às vezes o carro avaria. Escola dos filhos. Seguros de Saúde. Seguros. IMI. Compras: comida, roupa, eletrodomésticos. Também mereço gastar alguma coisa comigo, já que trabalho tanto: gadgets, cinema, teatro, livros, jantar fora. Férias, também preciso, certo? Desta vez pago com o cartão de Crédito ou vou às poupanças. No dia 20 de cada mês já não tenho dinheiro na conta. Conhecem esta história? É o retrato de algum amigo ou familiar?

Vamos mudar isto? Se seguir estas 7 dicas por esta ordem, estará no bom caminho.

#1 – Faça um orçamento mensal
Sejamos francos. Ninguém consegue gerir bem o seu dinheiro se não souber quanto ganha e quanto gasta. É tão simples que nem vale a pena estarmos a perder muito tempo a tentar explicar isto. Vou dar-lhe 2 exemplos de orçamentos que pode fazer. Escolha o seu.

O orçamento “Zero”
O que é um Orçamento Zero? Em vez de pegar no seu salário e ver se chega para todos os seus gastos, pense ao contrário. Esqueça o seu salário (ou rendimento familiar). Defina numa folha em branco todas as despesas que são absolutamente essenciais para si: As que não pode dispensar e aquelas que o fazem feliz. Se não dispensa ir ao cinema todas as semanas, inclua isso. Se faz questão de ir jantar fora todas as semanas, acrescente. Se não é essencial e pode abdicar disso para ser feliz, dispense. Discrimine todas as despesas que não pode deixar de ter: Eletricidade, gás, água, telemóvel, alimentação, etc. Coloque o valor real que gastou no mês passado (se foi um mês normal) em cada uma dessas áreas.

Faça as contas. O valor que tiver nessa folha é o valor que precisa para se sentir realizado. Agora a questão é simples: Tem esse dinheiro? Se sim, parabéns! Se não o tem e insistir em fazer tudo o que tem nessa lista está a ir por um mau caminho porque os problemas que vai ter no futuro (se não os tiver já no presente) vão retirar-lhe todo o prazer que tem ao gastar a fazer aquilo de que gosta. Pode até perder tudo o que tem atualmente. Pense nisso. Corte até ter um orçamento sustentável.

Se tem o suficiente para ser feliz, pode passar ao passo seguinte. É que há muitas pessoas que, como ganham bem, gastam bem. Só porque o têm. É uma opção de vida. Financeiramente errada. É uma estratégia perdedora a longo prazo.

O orçamento mensal “normal”
O orçamento mensal mais simples é colocar numa folha de um lado as receitas (ao cêntimo). Veja mesmo qual foi o seu salário no mês passado e anote esse valor. Há pessoas que acham que ganham um valor e afinal ganham outro. Veja no seu homebanking ou no extrato do multibanco qual foi o seu último vencimento.

Olhe que “achar” que ganha 1.000 euros não é a mesma coisa que ganhar 903 euros. Podem ser esses 97 euros a menos que podem estar a estragar o seu orçamento todos os meses se gastar pensando que ganha mil euros por mês. 97 euros de diferença por mês são 1.358 euros que pensa que ganha a mais e não ganha (x 14 meses). Este é um erro muito habitual.

Se o “erro” de avaliação for dos dois no casal, estamos a falar de 2.716 euros a menos que ganham por ano sem “saberem”. É que fazemos contas ao que podemos gastar (psicologicamente) de acordo com o que achamos que ganhamos por mês. Confirmem ao cêntimo quanto estão a ganhar nos últimos 2, 3 meses. Pode ter algumas surpresas.

Do outro lado da folha, coloque todas as despesas, mesmo as mais pequenas: o pequeno-almoço, os lanchinhos, a alimentação fora, o parquímetro, as revistas e jornais, os cafés, as portagens, os combustíveis, os telemóveis, o cabo, a eletricidade, gás e água, cabeleireiros, manicures e afins, roupa, saúde, educação, livros, cinema, futebol, etc. etc. TUDO. Some tudo e veja se está a gastar mais do que ganha. E faça os cortes que sejam necessários para lhe sobrar dinheiro ao fim do próximo mês. Vai doer. Mas tem de ser.

Amanhã, a dica #2.

https://contaspoupanca.pt/2018/07/09/7-dicas-para-comecar-a-poupar-ja-1/

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...