Avançar para o conteúdo principal

Jerónimo contraria Costa: contagem do “tempo todo” dos professores está no OE

O secretário-geral do PCP defendeu este domingo que o Governo deve contabilizar “o tempo todo” em matéria da progressão das carreiras dos professores, como já “está inscrito” no Orçamento do Estado deste ano.

Jerónimo de Sousa respondia assim a António Costa, que disse na entrevista ao Expresso publicada este sábado, que PCP e BE estavam “errados” na interpretação de que a solução para as carreiras dos docentes está contida no orçamento em vigor.

Apesar da polémica com o primeiro-ministro, o líder comunista não se comprometeu com o voto contra o orçamento de 2019, a que apelaram os sindicatos na edição do Expresso desta semana

“Basta olhar para o OE em vigor”, afirmou o líder comunista, que discursava num almoço com militantes e simpatizantes do PCP realizado na Mina de S. Domingos, no concelho de Mértola, distrito de Beja.

Questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, António Costa, nesta edição do semanário Expresso, de que o Governo se comprometeu a descongelar as carreiras dos docentes, mas não a “contar o tempo enquanto durou o congelamento”, Jerónimo de Sousa remeteu para o OE2018.

“É verdade que PS, inicialmente, apresentou uma proposta” a que aludia à “contagem de tempo de trabalho”, mas, frisou, “a verdade é que no OE em vigor” o que consta é “a contagem do tempo do trabalho” dos professores.

Segundo o líder do PCP, trata-se de “uma diferença de uma letra, mas que tem um grande significado, porque ‘de’ não é a mesma coisa que ‘do’”. Assim, o “posicionamento” do PCP é o de que “o Governo deveria levar por diante a concretização daquilo que está inscrito na Lei do Orçamento”, argumentou Jerónimo de Sousa.

Embora admitindo que exista “diálogo e negociação” com os sindicatos dos professores, segundo o secretário-geral comunista, “não deveria estar em causa a questão da contagem do tempo” para as carreiras dos docentes, porque “deve ser o tempo todo”, mas apenas o “prolongamento do tempo de concretização desse objetivo”.

No almoço convívio na localidade de Mina de São Domingos, o líder comunista frisou aos jornalistas que, no que respeita a esta matéria, “mais do que palavra contra palavra, é o Orçamento e o seu conteúdo” que determinam “quem faz uma análise rigorosa da verdade que o OE comporta”.

Questionado também sobre outra notícia do Expresso, que titula “Professores apelam a PCP e a BE para chumbar OE”, Jerónimo de Sousa considerou “importante” que os professores não abdiquem “daquilo que, neste momento, existe”, ou seja, “a contagem do tempo todo”.

“Portanto, estar a pensar num próximo futuro, abdicando deste avanço significativo em termos de lei, seria prejudicial à sua luta”, disse.

O secretário-geral comunista lembrou também que a proposta de OE do Governo “ainda não existe” e que, nessa altura, é que o PCP se pronunciará sobre esse assunto. “Não conhecemos o seu conteúdo, não podemos fazer uma avaliação de uma coisa que ainda não existe”, afirmou.

Mas a “reposição do tempo todo” de serviço dos professores “é uma questão que encontra resposta no orçamento em vigor”, sublinhou, acrescentando: “O próximo [OE] logo se verá”.

https://zap.aeiou.pt/contagem-tempo-todo-professores-consta-oe-215214

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di