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Novo reator nuclear - o mais forte da Europa - começou a funcionar na Finlândia



 A produção de eletricidade deve começar com cerca de 30% da potência em janeiro, antes do funcionamento normal a partir de junho de 2022.


O reator nuclear EPR de Olkiluoto, Finlândia, foi acionado pela primeira vez durante a noite passada, anunciou esta terça-feira a entidade que explora a central, 12 anos após o início da construção.


De acordo com a mesma fonte, o reator construído pelo grupo francês Areva começou a funcionar às 03:22 (01:22 em Lisboa).


A produção de eletricidade deve começar com cerca de 30% da potência em janeiro, antes do funcionamento normal a partir de junho de 2022, disse ainda a empresa finlandesa de energia TVO, em comunicado.


O nuclear é verde? A Europa não se entende

"O momento do arranque foi histórico. A última vez que um reator foi construído na Finlândia foi há mais de 40 anos e mesmo na Europa o mesmo acontecimento remonta ao início do século XXI", sublinha o operador da central de Olkiluoto, referindo-se a um reator romeno que começou a funcionar em 2007.


O projeto do reator de Olkiluoto, apontado como o mais forte da Europa, foi lançado em 2005 no sudoeste da Finlândia, mas foi perturbado por vários atrasos e desvios financeiros.


Com uma capacidade de produção de 1.650 megawatts, o reator deve abastecer cerca de 15% do consumo do país.


Presidente francês anuncia construção de novos reatores nucleares

O abastecimento do reator foi efetuado em março, mas o regulador nuclear finlandês só autorizou o funcionamento na semana passada.


Apesar de ter sido concebido para relançar a energia nuclear - muito criticada após o desastre de Chernobyl em 1986 -, o novo reator foi dotado de uma estrutura de cimento "considerável".


Até ao momento, apenas dois reatores EPR foram construídos a nível mundial, na central de Taishan, na República Popular da China.


https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/amp/novo-reator-nuclear---o-mais-forte-da-europa---comecou-a-funcionar-na-finlandia


Comentário do Wilson:

Em Espanha e no resto do mundo estão a reabrir as centrais a carvão pois chegaram à conclusão que o seu fecho foi precipitado. Portugal continuam a fecha-las sem qualquer reconversão.


Portugal tem excesso de potência instalada intermitente (solar e eólica), seria correcto fechar as centrais a carvão se estas fossem reconvertidas a biomassa (que também ajudaria a evitar os incêndios nas florestas), gás natural ou energia nuclear.

A energia nuclear não recomendável em Portugal porque é cara e temos excesso de energia intermitente e a nuclear não é solução para compensar a intermitência da energia solar e eólica pelo que necessitamos das centrais convencionais, sejam elas a carvão, biomassa ou fuel oil.


O que o governo está a fazer, aumentando ainda mais a nossa dependência por energias intermitentes, vai provocar um apagão mais cedo ou mais tarde.


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