Avançar para o conteúdo principal

UVE: Novas tarifas de carregamento são um “ataque frontal aos utilizadores de veículos elétricos”



 Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos opõe-se à introdução de tarifas que considera “complemente desajustadas” e que vêm “contra a corrente do atual momento de desenvolvimento da Mobilidade Elétrica em Portugal, na Europa e no Mundo”


A Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) já se tinha manifestado, a 22 de abril, contra as tarifas da Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica (EGME), atualmente a cargo da empresa MOBI.E, aprovadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Agora volta a tecer duras críticas ao agravamento de tarifas para utilizar postos públicos de carregamento de veículos elétricos.


A UVE considera que o “aumento das tarifas da EGME de 79% divulgado pela ERSE para vigorarem em 2022, a pouco mais de seis meses de terem entrado em vigor, é anunciado contra todas as expetativas criadas pelas diversas reuniões que a UVE manteve nas últimas semanas com as entidades envolvidas no desenvolvimento da Mobilidade Elétrica em Portugal”.


A Associação prevê que o período de forte crescimento da rede pública de carregamento e o aumento das vendas de veículos elétricos em Portugal tenham um impacto positivo nas receitas da MOBI.E e refere que todas as instituições que contactou se mostraram em “total desacordo com o aumento anunciado pela ERSE”.


A UVE termina o comunicado de imprensa repudiando “o aumento das tarifas da EGME, considerando-as um ataque frontal aos utilizadores de veículos elétricos e ao modelo adotado por Portugal” e exigindo “uma revisão imediata deste aumento, no limite com a manutenção das tarifas atualmente em vigor, relembrando que mesmo estas continuamos a considerar desajustadas, quer na forma, quer no tempo”.


Já no início do ano, a associação defendeu que o valor das taxas a aplicar devia ser diferente e mais baixo para os carregamentos normais e de curta duração em relação ao valor das taxas a aplicar aos carregamentos rápidos. Defendia também que a aplicação da taxa deveria ser efetuada por energia (kWh) consumida e não por um valor fixo, de forma a não prejudicar os utilizadores com menor capacidade de carregamento na viatura elétrica. Por outro lado, a UVE pedia que a comparticipação destas taxas deveria prolongar-se, no mínimo, por mais dois anos para compensar o impacto negativo da pandemia e para incentivar e fomentar a transição energética, com o impacto destas taxas nos proveitos da EGME a dever ser suportado pelos fundos públicos de apoio à descarbonização da economia e eletrificação dos transportes.


https://visao.sapo.pt/volt/2021-12-21-uve-novas-tarifas-de-carregamento-sao-um-ataque-frontal-aos-utilizadores-de-veiculos-eletricos/

Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...