Avançar para o conteúdo principal

A Google quer fazer-nos conversar com imagens



 Tecnológica continua a alargar a integração do sistema conhecido como modelo unificado multitarefa (MUM) para criar novas formas de interação entre os utilizadores e as ferramentas de pesquisa


A Google vai lançar uma atualização para a ferramenta de pesquisa visual Lente (Google Lens, em inglês) que permite aos utilizadores fazerem pedidos por escrito tendo por base uma fotografia ou imagem. Num dos exemplos dados pela tecnológica, será possível a partir de uma fotografia de uma camisa com padrão pedir ao motor de busca para nos mostrar meias com padrões semelhantes. Ou num outro exemplo, tirar uma fotografia à correia de uma bicicleta e depois perguntar, por escrito, como é que se pode fazer o arranjo daquele elemento.


Isto é possível graças ao modelo unificado multitarefa (MUM), a tecnologia apresentada em maio e que, aos poucos, tem permitido aumentar as capacidades das ferramentas de pesquisa da Google. Uma das características desta tecnologia é a chamada capacidade “multimodal”, ou seja, a capacidade de perceber e relacionar texto, imagem e vídeo.


“Podes perguntar ao Lente sobre coisas que estás a ver. É a primeira vez que vais poder combinar texto e imagem juntos [em pesquisa]. Podes fazer uma captura de ecrã e pedir ao Google para encontrar algo com aquele padrão”, explicou Nishant Ranka, gestor de produto na tecnológica americana, numa apresentação antecipada das novidades e na qual a Exame Informática participou. “Quando aplicamos o MUM à pesquisa, criamos experiências mais úteis”, sublinhou o responsável.


Outros exemplos do que vai ser possível fazer com o novo sistema: tirar uma fotografia de um pássaro e perguntar qual o seu habitat ou o que come; ou então tirar uma fotografia a um azulejo e pedir ao Google para encontrar lençois com aquele padrão. “Os utilizadores vão usar este sistema para se expressarem sobre coisas que são difíceis expressar por palavras e isso vai ajudá-los a encontrar novos produtos na internet”, detalhou ainda Nishant Ranka.


Apesar do anúncio feito, a Google diz que esta funcionalidade ainda irá demorar “meses” até ficar disponível. Mas há outras novidades a caminho.


Partindo do motor de aprendizagem mais poderoso do MUM, os utilizadores vão passar a encontrar mais imagens nos resultados de pesquisas quando a resposta deve ser mais focada em elementos visuais – como procurar por métodos de pintura, por exemplo. E a Google vai também começar a mostrar resultados específicos de conteúdos que existem dentro de vídeos – ou seja, não reencaminha o utilizador apenas para o vídeo no YouTube, encaminha o utilizador para o momento exato naquele vídeo que acha que poderá responder à pesquisa feita.


Uma outra funcionalidade que tira partido do MUM, mas que só vai estar disponível nos EUA por agora, é a possibilidade de comprar produtos diretamente a partir da Lente Google: basta fazer o reconhecimento visual de uma peça de roupa ou mobiliário para que apareça na parte inferior do ecrã os links que levam o utilizador para a loja online daquele produto.


Por fim, a Google vai também dar mais contexto às pesquisas feitas pelos utilizadores, que vão ter a hipótese de explorar mais o ‘porquê’ de determinados resultados de pesquisa. Se escolher saber mais sobre aquele resultado, a Google vai mostrar informação sobre a fonte e mais dados sobre aquele tópico em específico, com o objetivo de aumentar a transparência e confiança nos resultados que aparecem online.


https://visao.sapo.pt/exameinformatica/noticias-ei/software/2021-09-29-a-google-quer-fazer-nos-conversar-com-imagens/

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Porque é que os links são normalmente azuis?

WWW concept with hand pressing a button on blurred abstract background Se navega na Internet todos os dias já reparou certamente numa constante: as hiperligações são quase sempre azuis. Este pequeno detalhe é tão comum que poucos param para pensar na sua origem. Mas porquê azul? Porquê não vermelho, verde ou laranja? A resposta remonta aos anos 80, e envolve investigação científica, design de interfaces e… um professor com uma ideia brilhante. Vamos então explicar-lhe qual a razão pela qual os links são normalmente azuis. Porque é que os links são normalmente azuis? Antes da Web, tudo era texto Nos primórdios da Internet, muito antes do aparecimento dos browsers modernos, tudo se resumia a menus de texto longos e difíceis de navegar. Era necessário percorrer intermináveis listas de ficheiros para chegar à informação pretendida. Até que, em 1985, Ben Shneiderman, professor da Universidade de Maryland, e o seu aluno Dan Ostroff, apresentaram uma ideia revolucionária: menus embutidos, que...

A Comissária Europeia Maria L Albuquerque defende o investimento em poupanças com risco

 Em entrevista à Euronews, Maria Luís Albuquerque, Comissária Europeia para os Serviços Financeiros e União da Poupanças e dos Investimentos, defende que os consumidores devem investir em produtos financeiros de médio e longo prazo, mesmo com algum risco. PUBLICIDADE A União da Poupanças e dos Investimentos é "uma ideia que procura criar oportunidades para que as poupanças das pessoas sejam investidas com um rendimento mais elevado, especialmente quando pensamos em poupanças a longo prazo", afirmou. "Vamos emitir uma recomendação aos Estados-Membros para que criem uma conta poupança-investimento, através da qual será disponibilizado um conjunto de opções de investimento simples, de baixo custo (...) e com incentivos fiscais, para que as pessoas se sintam mais atraídas por este tipo de investimento." Investir no mercado de capitais envolve riscos A Comissária Europeia reconhece que a alternativa aos depósitos a prazo fixo é o investimento em produtos financeiros de m...