Foram conhecidas as primeiras conclusão do relatório intermédio do acidente do Boeing 738 da Jeju Air na Coreia do Sul que aponta para erro dos pilotos na gestão da emergência causada por um bird strike (colisão com aves).
Os dados são preliminares, mas detalhados sobre a presença de ADN de patos em migração.
De acordo com as informações, os pilotos terão desligado, por engano, o motor menos danificado após bird strike, indicou hoje fonte próxima da investigação.
O motor mais afetado foi o nº2, o da direita da aeronave, mas os pilotos acabaram por cortar o nº1, o da esquerda, que estava em pleno funcionamento.
Segundo o relatório, no gravador de voz ouve-se o PF (Pilot Flying) pedir ao PM (Pilot Monitoring) para cortar o motor nº2 mas ele cortou o nº1, tendo também disparado o extintor de motor, o que inviabilizou qualquer tentativa de recuperação.
Sem motores a aeronave ficou sem pressão hidráulica para descer o trem de aterragem, tendo aterrado de barriga. A aeronave acabou por sofrer uma saída de pista e colidiu com um muro existente no final da pista.
A equipa de investigação, acrescentou a fonte, dispõe de “provas claras” e terá chegado a uma conclusão, ainda que o relatório oficial não tenha sido divulgado, devido a protestos por parte de familiares das vítimas.
A investigação ao acidente, ocorrido em Muan (sudoeste da Coreia do Sul), já revelou que a Jeju Air, como parte dos seus esforços para maximizar a rentabilidade operacional das suas aeronaves, reduz ao mínimo legal a duração das revisões de manutenção realizadas antes de cada voo.
No acidente de 29 de dezembro de 2024 morreram 179 passageiros e membros da tripulação, tendo havido dois sobreviventes.
O acidente foi o mais grave desastre da aviação civil ocorrido em solo sul-coreano e o pior do ano a nível mundial.
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