Avançar para o conteúdo principal

Processadores Intel deverão ganhar unidade dedicada à IA


Crédito: Adi Goldstein / Unsplash


 É uma tendência cada vez maior: a adição de subsistemas de processamento especializados em processadores mais genéricos. No caso da Intel, as novas unidades poderão ser denominadas Vision Processing Unit


A Apple usa os Neural Engine nos chips M1 e nos processadores dos iPhone (desde o 8), a Nvidia usa os Tensor Core nos chips da família GeForce RTX, a AMD fala em Matrix Cores… Todos são diferentes, mas todos têm o objetivo de acelerar a aplicação de algoritmos de Inteligência Artificial. São unidades de processamento normalmente complementares, que recorrem a séries de comandos específicos. No caso do iPhone, por exemplo, os Neural Engine podem ser usados para aplicar HDR nas fotos (reter detalhe tanto nas zonas mais escuras como nas zonas mais iluminadas) ou tradução em tempo real. Os Tensor Core da Nvidia são utilizados, entre outras coisas, para aplicar o Deep Learning Super Sampling (DLSS) nos jogos, uma técnica capaz de melhorar os gráficos e a fluidez.


Agora parece ser a vez da Intel. Não será a primeira vez que a Intel cria conjuntos de comandos especializados em determinadas tarefas – já o fez, por exemplo, para acelerar aplicações multimédia – mas, segundo o canal do YouTube Moore’s Law is Dead (MLID), a Intel deverá ir mais longe e incluir nos futuros processadores da marca unidades exclusivamente dedicados a algoritmos de IA. Unidades que, segundo a mesma fonte, poderão ser denominadas Vision Processing Unit (VPU) e vão tratar de tarefas como melhoria da resolução de vídeo, conversão de texto em voz ou recuperação de fotos sobre-expostas.


A análise parece fazer sentido até porque a Intel adquiriu a Movidius em 2016 que desenvolvia os tais VPU.


Segundo o rumor, a Intel deverá aproveitar a técnica de fabrico Foveros, que tem vindo a desenvolver, para juntar unidades de processamento criadas com processos de fabrico diferentes no mesmo chip. Deste modo, a Intel poderá juntar, no mesmo chip, CPU, GPU, interface de comunicações e os novos VPU.


Mas mesmo que estes rumores se venham a confirmar, a tecnologia não deverá ser aplicada antes de 2023 com o lançamento dos processadores com nome de código Meteor Lake.


SÉRGIO MAGNO

https://visao.sapo.pt/exameinformatica/noticias-ei/hardware/2021-09-30-processadores-intel-deverao-ganhar-unidade-dedicada-a-ia/

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...