É uma tendência cada vez maior: a adição de subsistemas de processamento especializados em processadores mais genéricos. No caso da Intel, as novas unidades poderão ser denominadas Vision Processing Unit
A Apple usa os Neural Engine nos chips M1 e nos processadores dos iPhone (desde o 8), a Nvidia usa os Tensor Core nos chips da família GeForce RTX, a AMD fala em Matrix Cores… Todos são diferentes, mas todos têm o objetivo de acelerar a aplicação de algoritmos de Inteligência Artificial. São unidades de processamento normalmente complementares, que recorrem a séries de comandos específicos. No caso do iPhone, por exemplo, os Neural Engine podem ser usados para aplicar HDR nas fotos (reter detalhe tanto nas zonas mais escuras como nas zonas mais iluminadas) ou tradução em tempo real. Os Tensor Core da Nvidia são utilizados, entre outras coisas, para aplicar o Deep Learning Super Sampling (DLSS) nos jogos, uma técnica capaz de melhorar os gráficos e a fluidez.
Agora parece ser a vez da Intel. Não será a primeira vez que a Intel cria conjuntos de comandos especializados em determinadas tarefas – já o fez, por exemplo, para acelerar aplicações multimédia – mas, segundo o canal do YouTube Moore’s Law is Dead (MLID), a Intel deverá ir mais longe e incluir nos futuros processadores da marca unidades exclusivamente dedicados a algoritmos de IA. Unidades que, segundo a mesma fonte, poderão ser denominadas Vision Processing Unit (VPU) e vão tratar de tarefas como melhoria da resolução de vídeo, conversão de texto em voz ou recuperação de fotos sobre-expostas.
A análise parece fazer sentido até porque a Intel adquiriu a Movidius em 2016 que desenvolvia os tais VPU.
Segundo o rumor, a Intel deverá aproveitar a técnica de fabrico Foveros, que tem vindo a desenvolver, para juntar unidades de processamento criadas com processos de fabrico diferentes no mesmo chip. Deste modo, a Intel poderá juntar, no mesmo chip, CPU, GPU, interface de comunicações e os novos VPU.
Mas mesmo que estes rumores se venham a confirmar, a tecnologia não deverá ser aplicada antes de 2023 com o lançamento dos processadores com nome de código Meteor Lake.
SÉRGIO MAGNO
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