Avançar para o conteúdo principal

Queda de meteoro na Terra liberta dez vezes mais energia do que a bomba de Hiroxima (mas quase ninguém reparou)

O meteoro entrou na atmosfera terrestre a 18 de Dezembro do último ano, mas a explosão só agora foi divulgada pela NASA. Foi a maior dos últimos 30 anos.

A explosão de um meteoro aquando da sua entrada na atmosfera terrestre libertou dez vezes mais energia do que a bomba atómica lançada no final da II Guerra Mundial sobre Hiroxima, no Japão. Ainda assim, o episódio quase passou despercebido. A explosão deu-se a 18 de Dezembro do último ano, mas só agora foi divulgada pela NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço).

A explosão do meteoro, que se transformou numa bola de fogo que caiu no mar de Bering, no extremo norte do oceano Pacífico, foi detectada pelos satélites militares dos Estados Unidos e divulgada pela sua Força Aérea, que alertou a agência espacial.

De acordo com a NASA, esta foi a segunda maior bola de fogo registada nas últimas três décadas. Trata-se da maior explosão registada na atmosfera terrestre desde que uma bola de fogo atravessou o céu sobre Cheliabinsk, na Rússia, em Fevereiro de 2013. Nessa altura, a desintegração do meteoro provocou ferimentos a mais de 1200 pessoas.

O corpo celeste entrou na atmosfera da Terra pelo meio-dia de 18 de Dezembro, a uma velocidade de 32 quilómetros por segundo. A explosão ocorreu a 25,6 quilómetros de distância da superfície terrestre, com um impacto energético de 173 quilotoneladas (a energia libertada durante a explosão). No entanto, desta vez, a bola de fogo acabou por cair no mar de Bering, não tendo, por isso, provocado feridos.

A energia libertada foi também inferior à energia provocada pela explosão sobre Cheliabinsk. “Houve uma libertação de energia de apenas 40% da energia libertada na explosão em Cheliabinsk, e, por ter sido sobre o mar de Bering, não teve o mesmo tipo de impacto nem apareceu nas notícias”, explicou a especialista da NASA Kelly Fast. “Temos isso em nossa defesa: existe imensa água no nosso planeta.”

A NASA informa que a rota de queda do meteoro não ficou muito afastada das rotas áreas comerciais entre a Ásia e a América do Norte.

De acordo com a responsável pela defesa planetária da NASA, Lindley Johnson, citada pela BBC, este tipo de explosão de um meteoro na atmosfera da Terra só ocorre, em média, duas a três vezes a cada 100 anos.

As estimativas dizem ainda que todos os dias caem na Terra 48,5 toneladas de matéria meteórica. A maior parte delas desfaz-se em poeira ao entrar na atmosfera.

https://www.publico.pt/2019/03/18/ciencia/noticia/queda-meteoro-mar-bering-1865834/amp

Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...