Identificar a adulteração de remédios exige conhecimentos dos profissionais da área da Saúde e laboratórios com equipamentos especializados.
Na busca de uma solução acessível para o problema, o investigador William Grover, da Universidade da Califórnia, liderou uma equipa de alunos para descobrir essa fórmula. O resultado: um instrumento musical chamado mbira.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 10% dos remédios disponíveis em países subdesenvolvidos são adulterados. Uma das práticas de falsificação mais comum é substituir o glicerol, presente na fórmula de vários xaropes, pelo dietilenoglicol – que, de acordo com o Expresso, já levou a 13 casos de envenenamento coletivo, entre os anos de 1937 e 2008, resultando num total de 753 mortes.
O mbira é um instrumento que já existe, faz parte da família da percussão e produz notas a partir de toques em tiras de madeira ou metal. Cada tira tem as dimensões e a massa exatas para que, ao vibrar, produza uma determinada nota – e só essa nota. Qualquer modificação na peça, por menor que seja, desafina o som.
Grover e a sua equipa resolveram substituir as tiras de metal por um pequeno tubo e encheram-no com diversas substâncias, desde a água do rio local até leite de búfalo da Índia. Dependendo da substância, os sons produzidos pelo instrumento mudavam.
Comparando as frequências das notas dos xaropes, o verdadeiro (com glicerol) e do medicamento adulterado (dietilenoglicol), notou-se uma diferença de 10 Hz. Essa frequência é muito baixa para ser percebida por um ouvido humano, mas na experiência também não foi necessário um “super equipamento tecnológico”. Na prática, um afinador de smartphone é perfeito para os testes.
A esperança é aperfeiçoar a precisão do método e padronizar a construção do mbira para torná-lo viável comercialmente e distribuí-lo em lugares em que pode fazer a diferença.
https://zap.aeiou.pt/ha-um-instrumento-musical-deteta-medicamentos-adulterados-242800
Na busca de uma solução acessível para o problema, o investigador William Grover, da Universidade da Califórnia, liderou uma equipa de alunos para descobrir essa fórmula. O resultado: um instrumento musical chamado mbira.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 10% dos remédios disponíveis em países subdesenvolvidos são adulterados. Uma das práticas de falsificação mais comum é substituir o glicerol, presente na fórmula de vários xaropes, pelo dietilenoglicol – que, de acordo com o Expresso, já levou a 13 casos de envenenamento coletivo, entre os anos de 1937 e 2008, resultando num total de 753 mortes.
O mbira é um instrumento que já existe, faz parte da família da percussão e produz notas a partir de toques em tiras de madeira ou metal. Cada tira tem as dimensões e a massa exatas para que, ao vibrar, produza uma determinada nota – e só essa nota. Qualquer modificação na peça, por menor que seja, desafina o som.
Grover e a sua equipa resolveram substituir as tiras de metal por um pequeno tubo e encheram-no com diversas substâncias, desde a água do rio local até leite de búfalo da Índia. Dependendo da substância, os sons produzidos pelo instrumento mudavam.
Comparando as frequências das notas dos xaropes, o verdadeiro (com glicerol) e do medicamento adulterado (dietilenoglicol), notou-se uma diferença de 10 Hz. Essa frequência é muito baixa para ser percebida por um ouvido humano, mas na experiência também não foi necessário um “super equipamento tecnológico”. Na prática, um afinador de smartphone é perfeito para os testes.
A esperança é aperfeiçoar a precisão do método e padronizar a construção do mbira para torná-lo viável comercialmente e distribuí-lo em lugares em que pode fazer a diferença.
https://zap.aeiou.pt/ha-um-instrumento-musical-deteta-medicamentos-adulterados-242800
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