Avançar para o conteúdo principal

Muji e Sensible 4 apresentam autocarro autónomo Gacha




A união entre uma empresa japonesa e uma companhia finlandesa deu origem a um autocarro autónomo apto para todas as condições atmosféricas.

Os japoneses da Muji (empresa de retalho automóvel) e os finlandeses da Sensible 4 (especializada em condução autónoma) apresentaram, na semana passada, o Gacha, o primeiro autocarro autónomo apto para ser utilizado em todas as condições atmosféricas, cujas viagens inaugurais serão realizadas em abril.

A Sensible 4 encarregou-se, naturalmente, do sistema de condução autónoma (navegação, deteção de obstáculos e posicionamento superior), enquanto que a Muji esteve encarregue do estilo do veículo.

O modelo não tem traseira nem frente, sendo igual em ambas as extremidades, podendo o veículo ser orientado para ambos os lados. O interior está totalmente livre para oferecer mais espaço para os passageiros. A faixa LED funciona como farol e tela de comunicação. O etilo final bebeu inspiração numa capsula de brinquedos típica do Japão que, diz-se, quer transmitir alegria e emoção, paz e felicidade.

O Gacha tem 4,5 metros de comprimento, 2,5 metros de largura e 2,8 metros de altura, tem uma lotação de 10 pessoas em pé e 6 sentados, chega aos 40 km/h e tem uma autonomia de 100 km.

“O desenvolvimento do GACHA começou quando a equipa da Sensible 4, ao trabalhar na primeira geração de autocarros robot, percebeu que estes não conseguem deslocar-se com chuva leve, muito menos nas condições típicas de inverno na Finlândia. Esta ainda não é uma tecnologia completamente autónoma. A maioria dos carros autónomos só pode operar em condições climatéricas ideais e em estradas bem sinalizadas. Foi precisamente isto que a Sensible 4 conseguiu mudar graças à realização de repetidos testes nas duras condições de inverno da Lapónia Finlandesa”, refere Harri Santamala, CEO da Sensible 4.

Refira-se que esta “joint venture” tem um plano desenhado para o futuro: este ano o Gacha vai andar nas cidades de Espoo, Hameelinna, Vantaa e Helsínquia, sendo esperado que o primeiro ensaio internacional seja realizado em 2019 e que a primeira frota de modelos Gacha, seja implementada. Depois, em 2020, será levada a cabo uma operação pré-comercial da frota Gacha em cidades selecionadas no Velho Continente e em 2021, esperam os responsáveis da Muji e da Sensible 4 ter as primeiras operações comerciais permanentes estabelecidas, integração nos sistemas de transporte púbico local e produção industrial pronta a iniciar-se.

https://automais.autosport.pt/noticias/muji-e-sensible-4-apresentam-autocarro-autonomo-gacha/

Comentários

Notícias mais vistas:

EUA criticam prisão domiciliária de Bolsonaro e ameaçam responsabilizar envolvidos

 Numa ação imediatamente condenada pelos Estados Unidos, um juiz do Supremo Tribunal do Brasil ordenou a prisão domiciliária de Jair Bolsonaro por violação das "medidas preventivas" impostas antes do seu julgamento por uma alegada tentativa de golpe de Estado. Os EUA afirmam que o juiz está a tentar "silenciar a oposição", uma vez que o ex-presidente é acusado de violar a proibição imposta por receios de que possa fugir antes de se sentar no banco dos réus. Numa nota divulgada nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos recorda que, apesar do juiz Alexandre de Morais "já ter sido sancionado pelos Estados Unidos por violações de direitos humanos, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia". Os Estados Unidos consideram que "impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...