Maduro escravizou indígenas para extracção de ouro e retirou oito toneladas de ouro do Banco Central da Venezuela
O Governo do Presidente venezuelano está a retirar toneladas de ouro dos cofres do Banco Central do país, numa tentativa de obter dinheiro vivo e conseguir contornar as sanções impostas pelos EUA e outros países.
Pelo menos oito toneladas de ouro terão sido retiradas e transportadas em veículos governamentais, entre quarta e sexta-feira da semana passada. A informação, divulgada pela agência Reuters, foi confirmada por um deputado da oposição, Angel Alvarado, e por três fontes do Governo. “O plano é vender o ouro no estrangeiro de forma ilegal”, acusa o deputado.
A notícia surge cerca de um mês depois de a agência Bloomberg ter noticiado que o regime venezuelano tentou repatriar cerca de 31 toneladas de ouro — no valor de mais de mil milhões de euros — que tem no Banco de Inglaterra.
O pedido acabou por ser negado, depois de vários representantes norte-americanos terem contactado os responsáveis britânicos e pedido ajuda na tentativa de isolar economicamente o regime de Maduro, como forma de pressão política.
A Bloomberg denunciou ainda que a Venezuela vendeu milhões de dólares em ouro em 2018 a uma misteriosa empresa turca, que acabou por parar os negócios com Caracas depois da ordem executiva assinada pelo Presidente norte-americano a impor sanções internacionais à compra de ouro na Venezuela.
O ouro é, há anos, uma fonte de riqueza crucial para o regime chavista, tendo Maduro começado a vender mais recentemente parte das reservas de ouro do país para conseguir fundos e contornar assim as sanções.
Desde que o opositor Juan Guaidó se autoproclamou Presidente interino do país, os Estados Unidos têm tentado pressionar banqueiros e operadores a não fazerem negócios que envolvam ouro venezuelano.
Guerrilheiros exploram minas de ouro
Grupos de guerrilheiros disputam o controlo de minas de ouro, para proveito próprio e para financiar o governo de Nicolas Maduro, aproveitando a crise na Venezuela, segundo um relatório de uma organização não-governamental.
Um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo International Crisis Group, uma organização não-governamental para a preservação da paz mundial, refere que em várias partes do sul da Venezuela, unidades de guerrilheiros e sindicatos de crime, alguns dos quais oriundos da Colômbia, estão a lutar pelo controlo de minas de ouro, financiando o governo e aumentando o número de mortes no país.
Muito do proveito do negócio acaba nas mãos do governo de Maduro, que continua a ter uma forte influência sobre esses grupos de milícias, compensando a diminuição de receitas provenientes da venda de petróleo, que está embargada por sanções dos EUA.
Esta atividade de crime organizado, que está a exaurir minas de ouro no sul da Venezuela, é também responsável pelo aumento do número de homicídios no país.
A crise política na Venezuela está a servir para estes grupos de crime organizado expandirem a sua atividade, com operações de mineração ilegais. Esta situação está a aumentar o nível de desestabilização no país, criando situações de enorme tensão em várias regiões da Venezuela e dificultando qualquer ação de pacificação no território.
“Grupos de guerrilha da Colômbia estão a tomar conta da indústria mineira“, diz o relatório da organização, que alerta para a necessidade de uma transição pacífica de poder, para retomar o controlo sobre esta valiosa indústria venezuelana.
“Comunidades locais, em grande parte indígenas, na linha de frente da mineração ilegal e da expansão de grupos criminosos ou rebeldes enfrentam agora as maiores dificuldades”, diz o relatório, dizendo que a atividade mineira está exposta “ao terror provocado por grupos armados que procuram impor a obediência, com as taxas de homicídio em algumas cidades mineiras atingindo níveis extraordinários”.
https://zap.aeiou.pt/maduro-toneladas-ouro-banco-243659
Pelo menos oito toneladas de ouro terão sido retiradas e transportadas em veículos governamentais, entre quarta e sexta-feira da semana passada. A informação, divulgada pela agência Reuters, foi confirmada por um deputado da oposição, Angel Alvarado, e por três fontes do Governo. “O plano é vender o ouro no estrangeiro de forma ilegal”, acusa o deputado.
A notícia surge cerca de um mês depois de a agência Bloomberg ter noticiado que o regime venezuelano tentou repatriar cerca de 31 toneladas de ouro — no valor de mais de mil milhões de euros — que tem no Banco de Inglaterra.
O pedido acabou por ser negado, depois de vários representantes norte-americanos terem contactado os responsáveis britânicos e pedido ajuda na tentativa de isolar economicamente o regime de Maduro, como forma de pressão política.
A Bloomberg denunciou ainda que a Venezuela vendeu milhões de dólares em ouro em 2018 a uma misteriosa empresa turca, que acabou por parar os negócios com Caracas depois da ordem executiva assinada pelo Presidente norte-americano a impor sanções internacionais à compra de ouro na Venezuela.
O ouro é, há anos, uma fonte de riqueza crucial para o regime chavista, tendo Maduro começado a vender mais recentemente parte das reservas de ouro do país para conseguir fundos e contornar assim as sanções.
Desde que o opositor Juan Guaidó se autoproclamou Presidente interino do país, os Estados Unidos têm tentado pressionar banqueiros e operadores a não fazerem negócios que envolvam ouro venezuelano.
Guerrilheiros exploram minas de ouro
Grupos de guerrilheiros disputam o controlo de minas de ouro, para proveito próprio e para financiar o governo de Nicolas Maduro, aproveitando a crise na Venezuela, segundo um relatório de uma organização não-governamental.
Um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo International Crisis Group, uma organização não-governamental para a preservação da paz mundial, refere que em várias partes do sul da Venezuela, unidades de guerrilheiros e sindicatos de crime, alguns dos quais oriundos da Colômbia, estão a lutar pelo controlo de minas de ouro, financiando o governo e aumentando o número de mortes no país.
Muito do proveito do negócio acaba nas mãos do governo de Maduro, que continua a ter uma forte influência sobre esses grupos de milícias, compensando a diminuição de receitas provenientes da venda de petróleo, que está embargada por sanções dos EUA.
Esta atividade de crime organizado, que está a exaurir minas de ouro no sul da Venezuela, é também responsável pelo aumento do número de homicídios no país.
A crise política na Venezuela está a servir para estes grupos de crime organizado expandirem a sua atividade, com operações de mineração ilegais. Esta situação está a aumentar o nível de desestabilização no país, criando situações de enorme tensão em várias regiões da Venezuela e dificultando qualquer ação de pacificação no território.
“Grupos de guerrilha da Colômbia estão a tomar conta da indústria mineira“, diz o relatório da organização, que alerta para a necessidade de uma transição pacífica de poder, para retomar o controlo sobre esta valiosa indústria venezuelana.
“Comunidades locais, em grande parte indígenas, na linha de frente da mineração ilegal e da expansão de grupos criminosos ou rebeldes enfrentam agora as maiores dificuldades”, diz o relatório, dizendo que a atividade mineira está exposta “ao terror provocado por grupos armados que procuram impor a obediência, com as taxas de homicídio em algumas cidades mineiras atingindo níveis extraordinários”.
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