Avançar para o conteúdo principal

Há dias em que Bruna não consegue segurar-se em pé. Mas juiz decidiu que está curada

Uma funcionária da Media Market de 37 anos sofreu um acidente de trabalho, em 2010, que a deixou fortemente incapacitada, segundo atestam vários relatórios médicos. Mas um juiz do Tribunal do Trabalho decidiu que ela está “curada”, com base na avaliação de uma Junta Médica, ignorando as opiniões médicas anteriores.

O caso é relatado pelo jornal Público, que refere que Bruna Ribeiro foi diagnosticada com uma tetraparesia espástica em 2010, depois de ter sido vítima de uma descarga eléctrica, quando, no âmbito das suas funções no apoio pós-venda da Media Market de Braga, testava um aspirador de uma cliente.

A mulher de 37 anos foi “seguida por várias especialidades e nunca mais teve uma marcha normal”, relata o jornal, notando que “nos dias maus não se levanta” e que é o marido que “tem de a carregar”.

Diversos médicos reconheceram que tem um índice de incapacidade de 80% e “um atestado médico de incapacidade multiuso” atribuiu-lhe 93% de incapacidade, como refere o Público. Apesar disso, uma Junta Médica concluiu que ela tem 0% de incapacidade e um juiz do Tribunal do Trabalho de Braga decidiu, com base apenas neste parecer, que Bruna está “curada, sem incapacidade”.

Está em causa um processo que opõe a funcionária à Seguradora Açoreana. Numa primeira fase, a Seguradora assumiu todos os custos resultantes do acidente, nomeadamente as consultas de Neurologia, Psiquiatria e Urologia, os tratamentos de fisioterapia e hidroterapia, os transportes e a medicação, bem como as sondas que Bruna está obrigada a usar para poder urinar.

Em Janeiro de 2012, quando teve alta da Seguradora, o perito da Açoreana “atribuiu-lhe uma incapacidade de 78,75%“, enquanto um relatório do serviço de Clínica Forense do Gabinete Médico-Legal (GML) de Braga mencionava “uma incapacidade permanente parcial fixável em 80%“, descrevendo as “sequelas” como uma “incapacidade permanente absoluta para a actividade profissional habitual”.

A diferença de décimas no grau de incapacidade acabou por arrastar o processo e, posteriormente, a Seguradora alegou no Tribunal do Trabalho ter recolhido provas de que Bruna conseguiria fazer uma vida “normal”.

Leia o resto em:
https://zap.aeiou.pt/tribunal-trabalho-junta-medica-241979

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Este Toyota RAV4 está impecável mas mesmo assim vai para abate

 As cheias na região espanhola de Valência deixaram um rasto de destruição. Casas arrasadas, ruas transformadas em rios, garagens submersas e milhares de automóveis convertidos em sucata num ápice. Um desses automóveis foi o Toyota RAV4 de 2021 que podem ver no vídeo que pode encontrar neste texto. Este SUV japonês esteve debaixo de água, literalmente. Mas, contra todas as expectativas — e contra aquilo que tantas vezes ouvimos sobre carros modernos — continua a funcionar. É fácil encontrar nas redes sociais exemplos de clássicos que voltam à vida depois de estarem mergulhados em água — nós também já partilhámos um desses momentos. Os carros antigos são mais simples, robustos e não têm uma eletrónica tão sensível. Mas ver isso acontecer num carro moderno, carregado de sensores, cablagens, centralinas e conectores, é — no mínimo — surpreendente. No vídeo que partilhamos acima, é possível ver o Toyota RAV4 a funcionar perfeitamente após o resgate. Apesar de ter estado submerso, todos...

"Bolsa tem risco, depósitos têm certeza de perda"

Maria Luís Albuquerque, comissária europeia para Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, diz ser "indispensável" mobilização da poupança privada para financiar prioridades europeias.  É “indispensável” que haja na Europa uma “mobilização da poupança privada – que tem volumes significativos” – para financiar as “prioridades” europeias, porque, defende Maria Luís Albuquerque, comissária europeia, os “orçamentos públicos não serão suficientes“. A ex-ministra das Finanças, que na Comissão Europeia recebeu a pasta dos Serviços Financeiros e a União da Poupança e do Investimento, assinala que, sobretudo no contexto geopolítico atual, têm de ser dadas condições ao cidadãos para investirem mais nos mercados de capitais – porque “investir nos mercados de capitais tem risco de perda, aplicar poupanças em depósitos a prazo tem tido certeza de perda“. As declarações de Maria Luís Albuquerque foram feitas num evento anual da CMVM, o supervisor do mercado de capitais portu...