Avançar para o conteúdo principal

Blackstone interessada nas renováveis da EDP

O fundo de infraestruturas da Blackstone Group, ancorado no fundo soberano da Arábia Saudita (Public Investment Fund of Saudi Arabia), está empenhado em adquirir a totalidade da EDP Renováveis ou apenas uma parte, avança a Bloomberg.

A divisão de energias renováveis da EDP, que marca presença em geografias que vão do Brasil à Polónia, passando pela Califórnia, é um dos ativos mais cobiçados do momento por empresas do setor e também por investidores privados. A unidade é avaliada em 7,5 mil milhões de euros, mas comprar este enorme portfólio de ativos de energia renovável não será fácil.

Primeiro devido à concorrência. O fundo de infraestruturas da Blackstone Group, ancorado no fundo soberano da Arábia Saudita (Public Investment Fund of Saudi Arabia), está empenhado em adquirir a totalidade da EDP Renováveis ou apenas uma parte, sobretudo a carteira de ativos nos Estados Unidos, disseram à Bloomberg fontes próximas do assunto, que relataram que as partes tiveram discussões preliminares no ano passado.

Segundo as mesmas fontes, também há interesse de companhias de eletricidade e existe a possibilidade de a Blackstone Infrastructure Partners aliar-se a estas empresas.

A francesa Engie está entre as elétricas que estudaram apresentar ofertas pela EDP Renováveis em junho passado, de acordo com informações obtidas pela imprensa na altura.

Outro obstáculo é que qualquer negócio depende da concretização de uma transação maior: a compra da EDP pela China Three Gorges (CTG). Os chineses preferem ficar com todo o negócio de energia limpa, mas provavelmente serão forçados a vender ativos nos EUA para obter a aprovação dos reguladores.

No entanto, esta operação está aparentemente no limbo. A oferta da CTG, de 9,1 mil milhões de euros, para ampliar a sua posição de 23% na empresa portuguesa tem a oposição da Elliott Management, firma de investimento que tem perfil ativista.

Além disso, o acordo ainda necessita de uma série de aprovações regulatórias, inclusive da União Europeia e do Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA (CFIUS). No anúncio de oferta, em 11 de maio, a CTG admitiu que não poderia descartar aceitar algumas "medidas de mitigação" do órgão regulador norte-americano.

Um representante da EDP afirmou que relatos sobre o interesse da Blackstone eram especulação e que os ativos renováveis são "completamente centrais" ao negócio da empresa. Na terça-feira, a empresa afirmou que a energia renovável consumirá três quartos dos investimentos previstos até 2022 (12 mil milhões de euros em termos brutos), sendo que a companhia pretende aumentar a capacidade nos EUA e noutros mercados.

Representantes da Blackstone e da CTG recusaram a comentar esta notícia.

O interesse de empresas de eletricidade e investidores privados em energia renovável está a intensificar-se numa altura em que os projetos eólicos e solares tornam-se alternativas de menor custo. A carteira da EDP Renováveis nos EUA inclui participações em parques eólicos e solares com capacidade superior a 5.000 megawatts.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/blackstone-interessada-nas-renovaveis-da-edp

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...