Avançar para o conteúdo principal

Família Peugeot está disponível para a fusão com a Fiat Chrysler Automobiles




O sucesso alcançado com a compra, desenhada por Carlos Tavares, da Opel, levou a família Peugeot, um dos maiores acionistas do PSA Group, a anunciar estar pronta para a aquisição ou a fusão com a Fiat Chrysler Automobiles (FCA).

O grupo francês é composto por quatro marcas, a saber, Citroen, DS, Peugeot e Opel, mas Carlos Tavares, CEO do PSA Group não está satisfeito e deixou claro que está interessado em fazer mais aquisições. O sucesso da compra da Opel, a absoluta inversão dos resultados do PSA Group e da Opel num curto espaço de tempo e a determinação do seu CEO no sentido de criar um gigante que afronte o grupo Volkswagen, levou a família Peugeot, um dos maiores acionistas da PSA, a declarar-se pronta para dar luz verde a Carlos Tavares.

Sergio Marchionne, até á sua morte, tentou “vender” a sua dama, um grupo italo-americano que compreende marcas como a Alfa Romeo, Fiat, Maserati e Jeep. Não conseguiu, mas parece que Mike Manley, o seu delfim, poderá realizar a fusão com a PSA. Em declarações prestadas ao jornal francês “Les Echos”, Robert Peugeot, presidente da holding FFP, a empresa familiar que controla o PSA Group, sustentou que “com o grupo FCA como com qualquer outro grupo, os planetas podem-se alinhar.” A compra da Opel e o “excecional sucesso” da operação, deixou a família preparada para nova aventura. “Apoiámos desde o início o projeto da Opel” salientou Robert Peugeot, pelo que “se outra oportunidade surgir, não seremos nós a impedir o negócio.”

Tudo aponta para uma fusão com a FCA, mas as recentes dificuldades da Jaguar Land Rover, propriedade do Tata Group e que tem afetado os resultados do grupo indiano, pode ser a próxima compra de Carlos Tavares. Isto porque o interesse do português é levar o PSA Group para o mercado norte americano, decisivo, segundo o presidente da PSA, para o crescimento fora da Europa.

Recordamos que a fusão entre os dois grupos esteve em cima da mesa em 2015, mas ficou em banho maria pela oportunidade espoletada pelo desejo da GM em libertar-se da Opel. Como todos sabem, o PSA Group e o FCA Group já colaboram há muitos anos no desenvolvimento de veículos comerciais e, como referimos acima, Carlos Tavares quer, muito, ter uma forte presença nos EUA. A compra ou fusão com a FCA seria o cavalo de Tróia perfeito para o objetivo estratégico da PSA. Aliás, neste momento, a Peugeot está a preparar-se para regressar ao continente americano: a fusão com a FCA seria perfeita para a marca francesa, em termos de concessionários e rede de reparação.

Se de um lado faz sol – a família Peugeot está pronta para o negócio – do outro também, pois Mike Manley, CEO da FCA, em declarações feitas no Salão de Genebra, “estamos completamente disponíveis e abertos para aumentar a colaboração com outras marcas, seja em parceria, ‘joint ventures’, ou formas mais intensas de colaboração que façam sentido para nós e para a outra parte, seja ela qual for.”

https://automais.autosport.pt/destaque-homepage/familia-peugeot-esta-disponivel-para-a-fusao-com-a-fiat-chrysler-automobiles/

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...