Novo Banco © Orlando Almeida/Global Imagens
Bernardo Moniz da Maia está esta sexta-feira a ser ouvido na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
Bernardo Moniz da Maia, administrador do grupo Moniz da Maia, disse esta sexta-feira que não compreende "que o Novo Banco tenha vendido a dívida da família Moniz da Maia por 10% do valor".
A dívida da Sogema, do grupo Moniz da Maia, superior a 500 milhões de euros, foi vendida pelo Novo Banco dentro da carteira de créditos 'Nata II' com um desconto de 90%.
O Novo Banco pediu ainda a declaração de insolvência da Totalpart, do mesmo grupo, o que se concretizou em meados de 2020. A ação deveu-se a dívidas em falta no valor de 375 milhões de euros.
Bernardo Moniz da Maia está esta sexta-feira a ser ouvido na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
O gestor alegou que a família fez várias "propostas com valores superiores" ao Novo Banco, para encontrar uma solução para créditos, mas nunca obteve resposta positiva.
Moniz da Maia questionou ainda por que motivo se arrastou por "tanto tempo a indefinição para, no fim, venderem a posição por tão pouco".
"Estou aqui como devedor não do BES, não do Novo Banco, mas, à data desta audiência, de um fundo não português, quando tudo fiz para que não chegássemos a este ponto", afirmou.
Por Elisabete Tavares em:
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