Avançar para o conteúdo principal

Hackers pedem desculpa depois de ataque a oleoduto nos EUA. Não queriam criar problemas, dizem


Hackers | Hacking | Pirata informáticoCrédito: Sora Shimazaki / Pexels
O grupo de hackers que perpetrou um ataque de ransomware contra o oleoduto da Colonial Pipeline nos EUA pediu desculpa pelo caos provocado e reforça ter motivações monetárias e não políticas.

O grupo DarkSide assumiu a responsabilidade pelo ataque de ransomware que afetou o oleoduto da Colonial Pipeline na semana passada. Agora, o grupo pediu desculpa pelas “consequências sociais” do seu ato e declarou numa página na dark web que são “apolíticos, não participamos em geopolítica, não precisamos que nos ‘colem’ a governos definidos e procurem pelas nossas motivações. O nosso objetivo é fazer dinheiro e não criar problemas para a sociedade”.

O grupo comprometeu-se a introduzir “moderação” na utilização que os parceiros fazem das suas ferramentas para ataques informáticos, noticia o The Verge. “A partir de hoje, vamos introduzir moderação e verificar cada empresa que os nossos parceiros querem encriptar para evitar consequências sociais no futuro”, lê-se na mensagem publicada.

A jornalista especialista em cibersegurança Nicole Perlroth, do The New York Times, explica que apesar das declarações do grupo DarkSide, o mesmo evita atacar vítimas e sequestrar sistemas que tenham pré-definidos vários idiomas. A equipa usa ferramentas como o ‘GetUserDefaultLangID’ para identificar o idioma e, caso se detete que falam russo ou algum idioma do leste da Europa, o ataque não é perpetrado.

Noutra mensagem, a jornalista refere ainda que apesar de o grupo ser relativamente recente, conduz-se por um código de conduta “intrigante”, não extorquindo hospitais, funerárias ou entidades sem fins lucrativos e doando por vezes parte dos resgates a entidades de caridade – sendo que estas depois acabam por devolver o dinheiro.

O ataque à Colonial Pipeline ocorreu na semana passada, afetando uma instalação que canaliza 45% do combustível para a costa leste dos EUA e a empresa assume estar a fazer tudo ao seu alcance para restaurar as operações até ao final desta semana. 


https://visao.sapo.pt/exameinformatica/noticias-ei/mercados/2021-05-11-hackers-pedem-desculpa-depois-de-ataque-a-oleoduto-nos-eua-nao-queriam-criar-problemas-dizem/

Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...