O grupo DarkSide assumiu a responsabilidade pelo ataque de ransomware que afetou o oleoduto da Colonial Pipeline na semana passada. Agora, o grupo pediu desculpa pelas “consequências sociais” do seu ato e declarou numa página na dark web que são “apolíticos, não participamos em geopolítica, não precisamos que nos ‘colem’ a governos definidos e procurem pelas nossas motivações. O nosso objetivo é fazer dinheiro e não criar problemas para a sociedade”.
O grupo comprometeu-se a introduzir “moderação” na utilização que os parceiros fazem das suas ferramentas para ataques informáticos, noticia o The Verge. “A partir de hoje, vamos introduzir moderação e verificar cada empresa que os nossos parceiros querem encriptar para evitar consequências sociais no futuro”, lê-se na mensagem publicada.
A jornalista especialista em cibersegurança Nicole Perlroth, do The New York Times, explica que apesar das declarações do grupo DarkSide, o mesmo evita atacar vítimas e sequestrar sistemas que tenham pré-definidos vários idiomas. A equipa usa ferramentas como o ‘GetUserDefaultLangID’ para identificar o idioma e, caso se detete que falam russo ou algum idioma do leste da Europa, o ataque não é perpetrado.
Noutra mensagem, a jornalista refere ainda que apesar de o grupo ser relativamente recente, conduz-se por um código de conduta “intrigante”, não extorquindo hospitais, funerárias ou entidades sem fins lucrativos e doando por vezes parte dos resgates a entidades de caridade – sendo que estas depois acabam por devolver o dinheiro.
O ataque à Colonial Pipeline ocorreu na semana passada, afetando uma instalação que canaliza 45% do combustível para a costa leste dos EUA e a empresa assume estar a fazer tudo ao seu alcance para restaurar as operações até ao final desta semana.
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