A feira de eletrónica de consumo IFA, que costuma decorrer em Berlim em setembro, foi cancelada devido às incertezas relacionadas com as vacinas na Europa e por falta de confiança das empresas em participar num formato presencial. Evento é adiado para 2022. Congresso MWC de Barcelona, marcado para final de junho, também está em risco.
Feira IFA, em Berlim, não decorre no formato normal desde 2019 © DR
É a maior feira de eletrónica de consumo da Europa e uma das mais relevantes do mundo, era suposto decorrer em setembro, mas agora fica sem efeito. Já o ano passado a feira decorreu em formato híbrido, com um número muito limitado de pessoas, num formato que acabou por ter pouco impacto. A ideia era voltar a encher de 3 a 7 de setembro, este ano, a Messe de Berlim.
Entre outras preocupações, os organizadores indicam como motivo para o cancelamento as novas variantes do Covid-19 e as preocupações sobre o ritmo de vacinação e a sua consistência. "No final das contas, as várias métricas de saúde globais não se movimentaram tão rapidamente na direção certa quanto se esperava", explica a organização em comunicado, admitindo que esse factor aumentou "a incerteza para as empresas que estavam comprometidas ou interessadas em vir a Berlim, bem como para os médio e os visitantes".
Num evento deste tipo, que costuma trazer dezenas de milhares de visitantes de todo o mundo, o planeamento exige alguma antecedência, pelo que a organização admite que até pela questão de gestão de orçamentos, investimentos e viagens" o seu evento é assim afetado, "como outros eventos semelhantes em todo o mundo". A IFA deve, assim, voltar a 2 de setembro.
Outro evento que parece em causa é a Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, marcado para 28 de junho e que tem visto uma corrente de empresas a optarem por não participar na feira de aparelhos móveis, uma das mais relevantes do mundo na área. A lista de desistentes continua a aumentar e já inclui Qualcomm, Google, IBM, Nokia, Sony, Oracle, Ericsson, Samsung e Lenovo.
A MWC - que foi cancelada em 2020, já que era suposto decorrer no final de fevereiro, numa altura em que a pandemia já se alastrava - está previsto decorrer em formato híbrido, ainda assim a ausência (que tem vindo a aumentar) das principais empresas do setor por colocar o evento em causa.
Por João Tomé em:
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