Avançar para o conteúdo principal

Mais de metade dos doentes covid continuam com sintomas seis meses após alta hospitalar

(Gonçalo Delgado/Global Imagens) © Gonçalo Delgado/Global Imagens

 Um estudo hoje divulgado conclui que 60% dos doentes hospitalizados com covid-19 continuam com pelo menos um sintoma seis meses após a alta médica, sobretudo fadiga, dores musculares e dificuldades respiratórias.


O estudo, publicado na revista da especialidade Clinical Microbiology and Infection, foi conduzido em França com uma amostra de 1.137 doentes que estiveram hospitalizados devido à covid-19.


De acordo com a análise, feita pelo Instituto Nacional da Saúde e da Investigação Médica, um quarto dos doentes apresentava três ou mais sintomas e 2% tiveram de ser internados novamente.


Entre os sintomas persistentes mais evocados pelas pessoas nas consultas de seguimento, três e seis meses após a alta clínica, contam-se a fadiga, dificuldades respiratórias e dores musculares e articulares.


Os autores do estudo verificaram uma correlação entre a persistência a longo prazo de sintomas e o grau de gravidade inicial de covid-19: a manifestação de pelo menos três sintomas decorridos seis meses sobre a alta hospitalar é mais frequente nas pessoas que estiveram nos cuidados intensivos.


Os homens apresentam maior risco de desenvolver formas mais grave da doença, enquanto as mulheres parecem ter mais sintomas persistentes ao longo do tempo, revela ainda o trabalho, concluindo que um terço das pessoas que afirmaram continuar com sintomas de covid-19 após seis meses da alta hospitalar não voltou à sua atividade profissional.


A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 3.294.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.


Em Portugal morreram 16.993 pessoas dos 839.740 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.


A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.


Nas suas manifestações mais graves, a doença pode levar à morte.


https://www.dinheirovivo.pt/geral/mais-de-metade-dos-doentes-covid-continuam-com-sintomas-seis-meses-apos-alta-hospitalar--13704139.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...