Avançar para o conteúdo principal

NÍVEL DO MAR PODE SUBIR MAIS DO QUE O CALCULADO EM ATUAIS PREVISÕES, APONTA ESTUDO


 Um novo estudo científico indica que o aumento do nível do mar pode ultrapassar as atuais estimativas dos especialistas até 2100, caso não sejam adotadas medidas de combate às alterações climáticas que protejam os campos de gelo polares.


Os autores do estudo, investigadores do Imperial College London, publicado na revista “One Earth”, salientam a necessidade de se aprofundar o conhecimento sobre como o aquecimento global afeta os mantos de gelo polares, para ser possível estimar a subida do nível do mar neste século e consideram que o conhecimento atual sobre o comportamento dos mantos de gelo sugere que o aumento do nível do mar pode ser maior do que o “intervalo provável” previsto pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 2100.



A equipa de investigadores analisou os modelos atuais de projeção dos efeitos do aquecimento global nos mantos de gelo e chegou à conclusão de que o cenário de mais de 4.º graus até 2100 faz com que seja provável o aumento do nível do mar entre 0,61 e 1,10 metros acima dos níveis de 1950.



Atualmente, centenas de milhões de pessoas vivem em regiões suscetíveis a inundações costeiras e a probabilidade de inundações ainda piores aumentará significativamente com o aumento do nível do mar”, refere Martin Siegert, do Instituto para as Mudanças Climáticas e Meio Ambiente do Imperial College London.


Para John Englander, coautor do estudo e presidente do Rising Seas Institute, o aumento do nível do mar será “uma das questões mais desafiantes que as sociedades terão de enfrentar nas próximas décadas”, alertando que “não se pode ficar parado” face a estas previsões.


Para melhorar os modelos e as previsões, os investigadores identificaram as principais áreas que necessitam de um maior conhecimento científico, essencial para a criação de um sistema de alerta mais avançado, baseado em sinais de mudança rápida no nível do mar, como o aumento da temperatura da água do oceano ao longo das margens dos mantos de gelo.


Já temos um bom sistema de alerta precoce para o aumento do nível do mar, com satélites, plataformas aéreas, dispositivos robóticos, investigadores de campo e conhecimento especializado. Apesar desta rede, precisamos desenvolver uma série de dispositivos robóticos em zonas importantes e vulneráveis da Antártica e da Groenlândia cujo degelo pode resultar em subidas rápidas do nível do mar no futuro”, considerou Martin Siegert.


https://tvi24.iol.pt/internacional/18-12-2020/nivel-do-mar-pode-subir-mais-do-que-o-calculado-em-atuais-previsoes-aponta-estudo

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

Motor de desenvolvimento ou de danos irreparáveis? Parque solar planeado para Portugal abre polémica

    Vista da central solar de Serpa, no sul de Portugal, quarta-feira, 28 de março de 2007.  -    Direitos de autor    ANTONIO CARRAPATO/AP2007 Direitos de autor ANTONIO CARRAPATO/AP2007 A empresa por detrás do projeto promete "conciliar a produção de energia renovável com a valorização ambiental do território". Ainda assim, as associações ambientalistas e os municípios têm-se insurgido contra a implantação do Parque Solar Fotovoltaico Sophia. Quais os motivos? Um novo projeto solar, que será sediado no distrito português de Castelo Branco, está a ser amplamente contestado tanto pelas associações ambientalistas como pelos próprios municípios. Chama-se Parque Solar Fotovoltaico Sophia e, segundo anunciado no  site da empresa por detrás da iniciativa , a Lightsource bp, o seu objetivo passa por " conciliar a produção de energia renovável com a valorização ambiental do território  e benefícios duradouros para as comunidades locais". Tratar-...