Avançar para o conteúdo principal

Bitcoin consome mais eletricidade do que a Argentina


 Estudo da Universidade de Cambridge conclui que minerar Bitcoin implica um consumo de eletricidade de 121,36 terawatts-hora, mais do que é necessário para toda a Argentina


As operações de mineração de Bitcoin exigem computadores potentes e elevados consumos energéticos. Um estudo da Universidade de Cambridge quantifica que há atualmente um consumo de 121,36 terawatts-hora (TWh) por ano e alerta que a tendência é para aumentar, a não ser que o valor da cibermoeda caia.


O recente apoio da Tesla, materializado sob a forma de um investimento de 1,5 mil milhões de dólares e com a notícia de que vai passar a aceitar esta moeda como forma de pagamento no futuro, fez com que o preço das Bitcoin passasse os 48 mil dólares, aumentando o interesse dos utilizadores. Michael Rauchs, investigador no Centro de Cambridge para Finança Alternativa, alerta que o consumo de eletricidade associado às Bitcoin vai mesmo continuar a aumentar, a não ser que os preços baixem significativamente, noticia a BBC.


O cálculo destes investigadores mostra que com um consumo anual de 121,36 TWh, as Bitcoin exigem mais energia do que países como a Argentina (121 TWh), Emiratos Árabes Unidos (113,2 TWh) e Holanda (108,8 TWh) e está a aproximar-se do registo da Noruega (122,2 TWh).


O processo de mineração de Bitcoin passa pela utilização de computadores para verificar as transações efetuadas nesta moeda, num processo que envolve resolver puzzles e receber muitas vezes cibermoeda como recompensa, como se fosse uma lotaria. Muitos utilizadores ligam vários computadores ou, por vezes, armazéns completos de máquinas, à rede Bitcoin para, dessa forma, aumentar a sua probabilidade de ganhar dinheiro.


O estudo de Cambridge assume que todas as máquinas de mineração estão a operar com várias eficiências, mas ainda assim o consumo elétrico é bastante elevado. O apoio da Tesla está a ser criticado pois não se coaduna com a política ambiental da empresa. David Gerard, autor de Attack of the 50 Foot Blockchain, lembra que “a Tesla recebeu 1,5 mil milhões de dólares em subsídios ambientais em 2020, vindos dos contribuintes. Virou-se depois e gastou 1,5 mil milhões de dólares em Bitcoin, que é mais minerada do que o carvão. A atribuição destes subsídios deve ser investigada”.


https://visao.sapo.pt/exameinformatica/noticias-ei/mercados/2021-02-11-bitcoin-consome-mais-eletricidade-do-que-a-argentina/

Comentários

Notícias mais vistas:

Nuvem rolo. O fenómeno raro a que se assistiu este domingo em Portugal

 Imagens captadas em vários locais do país foram partilhadas pela página de Facebook Meteo Trás os Montes. O fenómeno é comum no nordeste da Austrália, mas raro em Portugal. Um fenómeno conhecido como “nuvens rolo” aconteceu este domingo na costa portuguesa e foi fotografado e filmado um pouco em todo o país. Nas imagens partilhadas pela página de Facebook Meteo Trás os Montes — é possível constatar testemunhos na Ria de Aveiro, Figueira da Foz, Esposende ou Póvoa de Varzim. Nuvem rolo. O fenómeno raro que se viu em Portugal – Observador

Como resistir ao calor: transforme a sua ventoinha simples num ar condicionado

 As ventoinhas, por si só, muitas vezes limitam-se a fazer circular o ar quente. Mas existe um truque engenhoso para torná-las mais eficazes Em dias de calor muito intenso, e para quem não tem ar condicionado em casa, suportar as elevadas temperaturas pode ser um verdadeiro desafio. No entanto, se tiver uma ventoinha por perto, há um truque simples que pode fazer toda a diferença na hora de refrescar o ambiente. As ventoinhas, por si só, têm muitas vezes dificuldade em baixar efetivamente a temperatura, limitando-se a fazer circular o ar quente. Mas existe uma maneira engenhosa de torná-las mais eficazes a refrescar o espaço. A página de TikTok @top_dicas_  partilhou um método simples para transformar uma ventoinha num verdadeiro ar condicionado caseiro. O processo é acessível e não exige ferramentas. Vai precisar apenas de uma ventoinha, duas garrafas de plástico, dois tubos de plástico, uma caixa térmica de esferovite, gelo, fita-cola e abraçadeiras. Comece por cortar a part...

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...