Avançar para o conteúdo principal

transformar devastação do Mar Morto em oportunidade turística

A retração do Mar Morto é um facto. Cientistas constataram que o desaparecimento tem ocorrido a um vertiginoso ritmo de um metro por ano.

À medida que o mar retrocede, enormes crateras ficam como registo dessa devastação. Hoje, há um total de 6,5 mil crateras em áreas que uma vez foram parte do Mar Morto.

Os poços são resultado da escassez de água, motivada em grande parte porque os afluentes naturais do Mar Morto estão a ser desviados para fins agrícolas e para a obtenção de água potável, necessária para uma população crescente em Israel.

Outro motivo para a degradação, segundo o governo israelita, tem a ver com a mineração na região. Algumas organizações ambientalistas atribuem a situação a uma má gestão hídrica no Oriente Médio, onde a instabilidade política impede o consenso para acordos internacionais que possam travar o retrocesso do Mar Morto.

Quando a água se esvai, uma grande camada de sal, que por milhares de anos ficou protegida, acaba exposta. E, quando o sal se dissolve, o solo pode colapsar sem aviso prévio, gerando as enormes crateras, com até 100 metros de diâmetro e 50 de profundidade.

Apesar do cenário de devastação, Eli Raz, um investigador que estuda estes poços há 17 anos, acredita que a situação pode levar a ensinamentos positivos. O cientista tem levado grupos para visitas ao local, avança a BBC.

“A crise hídrica deve servir para que as pessoas conheçam a crise do Mar Morto, para que entendam o que está a acontecer”, argumenta. Raz também acredita que a região pode beneficiar do interesse de turistas pela incomum paisagem resultante desse fenómeno. “As pessoas que vêm aqui ficam impressionadas com o cenário. É tão lindo”.

Atualmente, no entanto, apesar da multiplicação dos poços à volta do Mar Morto, nenhum deles oferece uma estrutura oficial com acesso seguro para visitantes.

Para Raz, disponibilizar uma forma segura de chegar a esses locais seria uma maneira de mostrar ao mundo o que está a acontecer e, além disso, reativar o turismo na região.

Por enquanto, porém, a região só tem colhido os revezes turísticos da tragédia ambiental: nos últimos anos, duas das mais turísticas praias na região e o resort Mineral Beach foram fechadas devido à retração da água.

https://zap.aeiou.pt/investigador-quer-transformar-devastacao-do-mar-morto-oportunidade-turistica-191082

Comentários

Notícias mais vistas:

A otimização de energia do Paquistão via mineração de bitcoin recebe 3 meses de teste após a rejeição parcial do FMI

  FMI rejeita parcialmente proposta do Paquistão para mineração de Bitcoin com eletricidade subsidiada O Fundo Monetário Internacional (FMI) recusou-se a endossar totalmente a proposta do Paquistão para uma tarifa de eletricidade subsidiada destinada a impulsionar operações de mineração de Bitcoin, segundo noticiou o portal local Lucro a 3 de julho. De acordo com o relatório, Fakhray Alam Irfan, presidente do Comité Permanente de Energia do Senado do Paquistão, revelou que o FMI aprovou apenas um período de alívio de três meses — metade dos seis meses inicialmente propostos — alegando riscos de distorção do mercado e pressão adicional sobre o já sobrecarregado setor energético do país. Esta rejeição parcial reflete o ceticismo mais amplo do FMI relativamente à adoção de criptomoedas a nível nacional. Alertas semelhantes foram dirigidos a outros países, como El Salvador, onde o FMI desaconselhou o envolvimento direto do governo na mineração e acumulação de Bitcoin. Importa referir ...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Um novo visitante interestelar está a caminho do nosso Sistema Solar

O cometa 3I/ATLAS é o terceiro  destes raros visitantes que oferece aos cientistas   uma rara oportunidade de estudar algo fora do nosso Sistema Solar. U m novo objeto vindo do espaço interestelar está a entrar no nosso Sistema Solar. É apenas o terceiro alguma vez detetado e, embora não represente perigo para a Terra, está a aproximar-se - e poderá ser o maior visitante extrassolar de sempre. A  NASA confirmou  esta quarta-feira a descoberta de um novo objeto interestelar que passará pelo nosso Sistema Solar. Não representa qualquer ameaça para a Terra, mas passará relativamente perto: dentro da órbita de Marte. Trata-se apenas do   terceiro objeto interestelar   alguma vez detetado pela humanidade. E este, além de estar a mover-se mais depressa do que os anteriores, poderá ser o maior. Um brilho vindo de Sagitário A 1 de julho, o telescópio  ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) , instalado em Rio Hurtado, no Chile, registou um brilho...